Quatro dias após criticar o deslumbramento de ministros, a comunicação do Planalto e o despreparo de parlamentares aliados, o deputado Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) foi oficializado como um dos vice-líderes do governo no Congresso. Também foram escalados para defender o governo nas sessões conjuntas do Senado e da Câmara os deputados Celso Russomanno (PRB-SP), José Rocha (PR-BA), Cláudio Cajado (PP-BA), Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), Pedro Lupion (DEM-PR) e Bia Kicis (PSL-DF), além dos senadores Márcio Bittar (MDB-AC) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
As indicações foram publicadas na edição desta terça-feira (12) do Diário Oficial da União. Eles vão se juntar à deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso.
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Em uma sequência de tuítes, Feliciano enumerou, na última sexta-feira (8), vários pontos negativos do governo. Entre outras coisas, disse que o vice-presidente Hamilton Mourão produz “um incêndio amigo” a “todo segundo” e que Bolsonaro está sendo “espancado diariamente” na Câmara.
Na visão dele, o governo precisa criar um grupo política e intelectualmente preparado. “Amigos, a esquerda é profissional e, me perdoem, somos amadores (sim me incluo porque essa briga começou comigo em 2013 na CDHM). Ou vocês criam um grupo política e intelectualmente preparado ou todos dias irão sangrar”, afirma o deputado, referindo-se à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, que presidiu há seis anos após confronto com partidos de esquerda.
A liderança do governo no Congresso cuida das matérias orçamentárias votadas na Comissão Mista de Orçamento, das medidas provisórias e dos vetos presidenciais, que são analisados em sessões conjuntas da Câmara e do Senado. Com as indicações para a liderança, o governo deverá dar seguimento a esses assuntos.
Até o momento, o governo Bolsonaro enviou quatro medidas provisórias ao Parlamento (MPs 870, 871, 872 e 873), nenhuma delas ainda com comissão mista de análise instalada. Sobre os vetos, há 18 aguardando deliberação. Já em relação à Comissão de Orçamento, as normas do Parlamento determinam que ela deve ser instalada a partir da última terça-feira de março, que neste ano cai no dia 26.
Com informações da Agência Câmara
Taí o porque das críticas construtivas da semana passada. Felícia queria mesmo é os holofotes.