O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques compareceu à sede da Polícia Federal, em Brasília, na tarde desta quinta-feira (10) para prestar depoimento sobre a condução das operações do órgão de segurança ao longo do 2º turno das eleições de 2022. Depois de depor, o ex-policial deve ser encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda.
Vasques é suspeito de planejar e comandar fiscalizações para impedir eleitores de votarem na região Nordeste, reduto eleitoral do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A PF prendeu na quarta-feira (9), em Florianópolis, o ex-diretor na Operação Constituição Cidadã. Foram apreendidos computares, celular e o passaporte de Silvinei.
A operação cumpriu dez mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei, que ocorreu entre abril de 2021 e dezembro de 2022. As ações foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No mesmo dia, a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que irá convocar Silvinei Vasques, exonerado do cargo em 20 de dezembro de 2022, para um novo depoimento. Após a prisão, ele foi transferido e ficou na superintendência da PF de Brasília. Ao todo, a PRF abriu três processos administrativos disciplinares para averiguar as ações do ex-diretor.
Eliziane afirma que quando o ex-diretor esteve na Comissão, no dia 20 de junho, ele mentiu diversas vezes “de forma escancarada” e isso resultou em uma representação no Ministério Público para que o órgão tomasse as devidas providências.
Após a oitiva com Silvinei Vasques, a relatora avisou ao presidente da Comissão, Arthur Maia (União-BA), a necessidade de realizar uma audiência. O objetivo da nova convocação é fazer uma comparação entre documentos que foram levantados pela equipe da senadora com a fala feita por Silvinei Vasques.
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