O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o Senado quer aprovar a PEC do fim da reeleição ainda em 2024. Segundo o presidente da Casa, o texto deve avançar em conjunto com o projeto de Código Eleitoral, para ambos serem aprovados na Casa ainda neste ano.
“Vejo toda a condição de aprovação ainda esse ano, não necessariamente no primeiro semestre, com apreciação sobre a questão do instituto da reeleição, o mandato de cinco anos e eventualmente da coincidência de eleições”, disse Pacheco a jornalistas. “Para que o Brasil possa sair desse estado permanente de eleições, que tem fomentado polarização, radicalização e muito ódio, sobretudo em redes sociais”.
Segundo Pacheco, o tema será amplamente debatido no Senado, com audiências públicas e sessões de debate. Como mostrou o Congresso em Foco, o fato de o Datafolha dizer que a maior parte da população é a favor da reeleição não deve afetar as discussões na Casa Alta.
Leia também
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) apresentou a Proposta de Emenda à Constituição pelo fim da reeleição em 2022. O texto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado desde então. O senador Marcelo Castro (MDB-PI), que ensaiou apresentar uma proposta similar, deve ser o relator.
Nos últimos meses a proposta angariou apoio dentro do Senado, principalmente depois de Pacheco colocar o texto como uma prioridade para 2024. No entanto, o atual presidente da República, Lula (PT), já disse a senadores que é contra a medida.
A proposta é para proibir que presidente, governador e prefeito possa concorrer a um segundo mandato consecutivo. Além disso, o texto também propõe o aumento dos mandatos para cinco anos.
Os senadores também negociam incluir na PEC a coincidência de eleições, para que todos os cargos eletivos sejam definidos no mesmo ano. Atualmente, o Brasil tem eleições a cada dois anos.
Sinceramente falando, não sei o que é melhor e o que é pior. Tudo depende do caráter dos eleitos e não do tempo em que ficam nos cargos. Por outro lado, se for um péssimo gestor, pode acabar com tudo em 4 anos mesmo.
O projeto de pec deveria ser disponibilizado ao público, para apreciação e manifestação de quem a queira fazer, antes da votação em plenário
Isto seria mais democrático