Parecer elaborado pelo vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e liberado na noite desta quarta-feira (14) aos parlamentares, afirma que o advogado Cristiano Zanin, indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), tem “suficientes e sobejos elementos” para assumir o cargo na mais alta Corte do Judiciário brasileiro. O texto será apresentado na manhã desta quinta-feira (15) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Durante toda a semana, Zanin tem cumprido uma extensa agenda de reuniões com parlamentares, a fim de apresentar seus posicionamentos e busca os votos necessários para a aprovação dos senadores ao cargo. A sabatina na CCJ está marcada para a próxima quarta-feira (21). Aprovado na comissão, o nome de Zanin será levado para votação no plenário da Casa. Em seguida caberá ao Supremo dar posse ao novo ministro.
A cada dia que passa, Zanin Martins está próximo de garantir a maioria de votos em plenário que precisa para confirmar sua indicação a ministro do Supremo. Na terça-feira (13), os senadores do PSD declararam que vão votar a favor de Zanin depois de uma reunião com o advogado. Nesta quarta (14), o jurista encontrou-se com a bancada do MDB, que também declarou seu apoio à nomeação.
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O PSD é a maior bancada da Casa Alta, com 15 senadores. O MDB tem mais dez. Somando-se os dois grupos com o PT, legenda do presidente Lula, responsável pela indicação, há um total de 33 votos para Zanin. Caso as promessas se concretizem (a votação é secreta), só ficam faltando oito para que o advogado consiga os 41 votos que precisa para assumir a cadeira de ministro no STF.
Advogado responsável pelos processos do presidente Lula na Operação Lava Jato, Zanin pavimentou ao longo dos processos do petista os caminhos que o levaram até a indicação para a mais alta Corte do país. Criminalista, Zanin virou um rosto conhecido especialmente com os processos que tiveram Lula como alvo, e que resultaram inclusive na prisão do petista. Zanin foi quem acompanhou Lula até mesmo na prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o presidente ficou quase dois anos detido. Era o advogado que levava livros e conversava toda a semana com o petista.
Zanin foi indicado para assumir a vaga aberta com a saída do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril. Depois de Lula tornar público o nome escolhido para a vaga de Lewandowski, o advogado precisa passar pela sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde deve enfrentar a oposição de alguns senadores, como Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato. O processo só é finalizado depois de o nome ser aprovado no plenário da Casa. Só após, o STF pode marcar a posse.
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