O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fake news descartou a possibilidade de o ex-ministro Sérgio Moro prestar depoimento remotamente à comissão. Parlamentares já apresentaram alguns requerimentos de convocação do ex-ministro e de outras autoridades, como o ex-diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) disse à Rádio Senado que a tomada do depoimento do ex-ministro durante a pandemia do novo coronavírus será complicada, mas ele expressou preferência pela presença física. “Fazer oitiva hoje presencial, com essa crise da pandemia, é arriscado. Colhermos depoimento remotamente também fica ruim porque você fica com dificuldade de os parlamentares questionarem o ex-ministro Moro, bem como os demais depoentes”, disse o senador.
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“O depoimento de Sergio Moro é um depoimento de grande valia, porque Moro saiu atirando no governo”, justifica Coronel. Ele avalia também que o ex-ministro cometeu crimes, como prevaricação e corrupção passiva.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informou aos senadores que no dia 15 de maio a Casa avaliará a situação da pandemia no país para verificar a possibilidade de retorno dos trabalhos das comissões em junho, tomando-se as devidas precauções.
Na semana passada, o Senado Federal acatou questão de ordem apresentada pelo presidente da comissão, para a suspensão dos prazos da CPI, da Comissão Mista da Reforma Tributária, bem como aqueles de todas as comissões temporárias do Senado, até que sejam retomadas as atividades regulares da Casa.
PublicidadeA decisão aconteceu dois dias depois que o filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ter entrada com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que fosse impedida a prorrogação do colegiado investigativo.
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