A Executiva Nacional do PDT decidiu nesta quarta-feira (17) instaurar processo disciplinar contra os oito deputados federais que desrespeitaram decisão partidária e votaram a favor da Reforma da Previdência. Entre eles está Tabata Amaral, que cumpre seu primeiro mandato na Câmara e tem se destacado entre os deputados novatos. A decisão foi tomada depois de uma reunião de quase três horas na sede do partido em Brasília.
>“Partidos são barreiras à renovação”, diz movimento de Tabata
“Todos tiveram todas as instâncias partidárias para discutir, apresentar propostas. E somente no dia da votação, depois de meses de discussões internas, os parlamentares se posicionaram a favor desta covardia contra os trabalhadores brasileiros”, afirmou o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi.
Até o fim do processo que pode demorar 60 dias. O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo, disse que a participação dos deputados nas comissões da Câmara será debatida caso a caso
O presidente do PDT mencionou, no entanto, que a situação pode ser revertida de acordo com o posicionamento dos deputado em agosto, quando a proposta será votada em segundo turno. “Mas é importante lembrar também que ainda terá uma segunda votação na Câmara, em agosto. O ser humano vive da evolução. E acho que todos podem evoluir durante esse processo”, comentou.
A lista dos deputados que vão enfrentar a Comissão de Ética do partido segue com Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG). Eles também terão suas representações partidárias na Câmara e em seus estados suspensas até que o processo seja concluído, o que pode demorar até 60 dias. Isso significa que os deputados não poderão participar das reuniões da bancada ou outras instâncias do partido, nem falar em nome do PDT.
A Comissão de Ética já inicia os processos a partir de hoje e o resultado pode ser desde a manutenção da suspensão determinada hoje até a expulsão.
O PDT está correto na forma apesar de estar errado no conteúdo. O mandatário, apesar de ter sido eleito em muitos casos pelo seu nome, ele se filiou a um partido e deve seguir as orientações deste em assuntos que são parte dos princípios importantes aos partidos. Esses princípios estão descritos no estatuto do partido. Quando a pessoa se filia, tem que estar de acordo com o estatuto. Mas o PDT está errado no conteúdo, ou seja, ir contra a reforma da previdência sustentando que é ruim para os trabalhadores. O PDT está cometendo o mesmo erro que o pt cometeu ao priorizar somente os funcionários públicos, para quem a reforma é ruim, em detrimento a todos os outros trabalhadores que são quem sustenta a previdência.
O que significa isso na prática?
Já passou da hora de que haja uma Lei Eleitoral onde um Parlamentar “vote” diferente da decisão da Liderança Partidária, que permaneça exercendo normalmente o mandato, afinal o partido barrando o exercício do mandato, é apenas impedir o sagrado direito conquistado nas urnas pelo voto. Um absurdo a ser revisto imediatamente!