O ministro da Justiça, Flávio Dino, participou na quarta-feira (3) de audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. O ministro atendeu a um convite feito via requerimentos parlamentares que compõem a comissão, mas só três dos nove autores do requerimento para convocar o ministro compareceram à audiência.
O ministro aproveitou a ocasião para comentar sobre a operação que investiga suspeita de fraudes cometidas em cartões de vacinação, o que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Conspirar contra a saúde pública é uma coisa gravíssima. No entanto, as medidas administrativas serão tomadas.”
Ao todo, 28 deputados se inscreveram para falar com Flávio Dino sobre diversos temas do Ministério da Justiça, incluindo combate à corrupção, prisão após condenação em segunda instância, foro privilegiado, orçamento secreto, decretos de indulto, combate à violência e aos homicídios, fake news e armas.
Temas
Na audiência, o ministro abordou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. “Em 8 de janeiro, houve um acervo de crimes, com pessoas em flagrante e que, realmente, deveriam ser presas. Houve a aplicação da lei, nesse caso. E em relação aos acampamentos [em frente aos quartéis], deve ser questionado quem liberou a montagem deles em 30 de outubro, em vários estados e no Distrito Federal pelo governo passado. Encontramos essa situação, lutamos contra ela e, com a graça de Deus e o apoio das Forças Armadas, desmontamos os acampamentos.”
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Flávio Dino também comentou sobre a visita à Favela da Maré e reforçou que não possui conexão com ninguém fora da lei e que não possui qualquer tipo de condenação em sua carreira. “Avisamos as polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. por escrito, de nossa vista. E elas estavam presentes durante a visita. Havia dezenas de policiais no perímetro da reunião.”
Sequência de visitas
Essa é a terceira visita que o ministro faz à Câmara dos Deputados para atender a um convite de parlamentares para prestar depoimentos sobre ações do governo.
A segunda visita do ministro da Justiça, Flávio Dino, à Câmara dos Deputados em 11 de abril resultou em briga intensa entre os parlamentares. Em meio a ameaças de violência, xingamentos e gritos entre deputados, o ministro foi embora da audiência na Comissão de Segurança Pública, que foi encerrada por determinação de seu presidente, deputado Sanderson (PL-RS).
O atrito começou em meio à tentativa do ministro de responder aos questionamentos dos deputados Gilvan da Federal (PL-RS), Eder Mauro (PL-PA) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre a política desarmamentista adotada pelo governo, sobre sua visita à comunidade da Maré e sobre o combate ao crime organizado. Flávio Dino foi interrompido em sua resposta por Gilvan, iniciando uma briga que se intensificou até Duarte (PSB-MA) abrir uma questão de ordem acusando, aos gritos, quadros da oposição de violação do código de ética da Câmara.
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