Após uma saída apressada do indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, da sala de liderança do MDB na tarde desta quarta-feira (14), o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), declarou que o partido entende que o advogado apontado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é merecedor da vaga deixada pelo ministro Lewandowski em 11 de abril deste ano.
“Estaremos apresentando o relatório amanhã de manhã [quinta-feira, 15] para cumprir rigorosamente as previsões regimentais, com a data para sabatinar o indicado, Dr. Cristiano Zanin, no dia 21 de junho, conforme informado pela CCJ [Comissão de Constituição Cidadania e Justiça]”, disse o senador.
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O MDB recepcionou Zanin com um grupo de 10 senadores. Coletivamente, os membros da legenda decidiram apoiar a indicação de Zanin por compreender, via análise técnico-jurídico, que ele cumpre os critérios exigidos pela Constituição.
“Nós nos ataremos a fazer uma análise objetiva sob os critérios que a Constituição nos exige [para o relatório]. Levando em consideração esses elementos: informação, postura, comportamento, vivência, experiência, equilíbrio, sobejam suficientes motivos apara uma indicação favorável”, acrescentou Veneziano.
Quase ministro
Com a aprovação do MDB, Zanin está próximo de garantir a maioria de votos em plenário que precisa para confirmar sua indicação a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira (13), os senadores do PSD declararam que vão votar a favor de Zanin depois de uma reunião com o advogado.
O PSD é a maior bancada da Casa Alta, com 15 senadores. O MDB tem mais 10. Somando-se os dois grupos com o PT, legenda do presidente Lula, responsável pela indicação, há um total de 33 votos para Zanin. Só ficam faltando 8 para que o advogado consiga os 41 votos que precisa para assumir a cadeira de ministro no STF.
Seria deselegante
Ao ser questionado pela falta de mestrado e artigos acadêmicos publicados de Zanin, bem como a relação com o presidente Lula no processo que o levou à prisão, Veneziano respondeu que “seria deselegante e injusto com uma carreira de 25 anos de atuação não só processual e civilista em que defendeu causas, autoridades, políticos e personalidades que vão além do atual presidente no caso da Lava-Jato.
“Já o conhecia, a menção que podemos fazer é que é uma pessoa ponderada, equilibrada e moderada no sentido de tomar as decisões que está presente na condição de um magistrado que precisa ter conhecimento jurídico para lidar com questões controversas.
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