O senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), anunciou que a sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado a ocupar a vaga do ministro Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF), será na quarta-feira, dia 21. O relator na Comissão é o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
O anúncio concretiza previsões que vinha sendo ventilada por congressistas ao longo das últimas duas semanas. A expectativa do governo é que, no mesmo dia, o nome de Zanin já seja encaminhado para apreciação do plenário da Casa. Com as duas aprovações, Zanin fica autorizado a tomar posse no Senado Federal.
A sabatina do indicado pelo presidente da República, o advogado Cristiano Zanin, ao Supremo Tribunal Federal-STF, acontecerá no dia 21 de junho, quarta-feira. O relator na CCJ será o competente senador, vice-presidente da Casa, @venezianovital pic.twitter.com/yjk7Gcpf2n
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— Davi Alcolumbre (@davialcolumbre) June 12, 2023
Aos 47 anos, Cristiano Zanin Martins iniciou na semana passada uma verdadeira peregrinação junto aos senadores, que são responsáveis pela sabatina que antecede a posse na Suprema Corte. Por telefone, o advogado está conversando com cada um dos senadores.
A partir desta semana, ele pretende visitar os gabinetes no Senado, em uma espécie de sabatina antecipada que já se tornou tradição na Casa. Zanin tem conversado com regularidade com o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre.
Zanin era advogado pessoal de Lula, tendo defendido o presidente em processos da Operação Lava Jato, incluindo o que levou o petista à cadeia. Antes de confirmar que o advogado era seu escolhido para ocupar uma das 11 cadeiras no plenário do Supremo, Lula chegou a citar o nome do advogado em entrevista como possível indicado.
Zanin sempre teve posicionamento crítico à Operação Lava Jato, a qual classificou por inúmeras vezes como arbitrariedade e uma tentativa de “intimidação” do seu trabalho e “abuso de autoridade”. O escritório e a casa do advogado chegaram a ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. Na época, a operação foi autorizada pelo então juiz federal Marcelo Bretas, a quem o advogado acusou de ser vinculado ao presidente Jair Bolsonaro.
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