Em coletiva que selou o recebimento da reforma administrativa do governo pelo Congresso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que vai conversar diretamente com o Planalto, por meio do ministro Luiz Eduardo Ramos.
Sobre comissão mista para analisar a matéria, Maia disse à CNN que o colegiado pode ser analisado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou na quarta-feira (2) que iria sugerir ao presidente da Câmara um colegiado formado por deputados e senadores nos moldes da comissão da reforma tributária a fim de agilizar as discussões. Textos de autoria do Poder Executivo, como é o caso da reforma administrativa, iniciam sua tramitação pela Câmara dos Deputados, conforme estabelecido pela Constituição.
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O deputado lembrou que havia sido combinado uma divisão das principais matérias entre as duas Casas. “Voltamos ao eixo do nosso trabalho: a Câmara vai tratar da administrativa, o Senado do Pacto Federativo e o Congresso, em conjunto, da reforma tributária.” Segundo ele, esse planejamento demonstra a harmonia entre as duas Casas.
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O presidente da Câmara afirmou, ainda, estar ciente do curto prazo disponível para aprovação das matérias, mas reforçou que considera possível encerrar 2020 com a reforma administrativa aprovada ao menos no Plenário da Câmara. As mudanças na legislação tributária, por sua vez, estão previstas para serem votadas na comissão mista em outubro.
Críticas a Guedes
Sem a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, no ato no Congresso, Maia elogiou os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. Em entrevista à GloboNews, Maia disse que não tem conversado com Guedes e afirmou que o ministro tem “proibido a equipe econômica de conversar comigo”. Segundo ele, havia um almoço com o Esteves e com o secretário do Tesouro para tratar do Plano Mansueto programado para ocorrer ontem, mas os secretários foram proibidos de ir à reunião.
O presidente da Câmara disse que a interlocução com o ministro da Economia foi encerrada e que a relação da presidência da casa será com o ministro Ramos para “não criar constrangimentos”.
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