O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou o pedido dos senadores Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Alessandro Vieira(Cidadania-SE) para forçar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado a agendar a sabatina de André Mendonça para o cargo de ministro da Suprema Corte.
Em sua decisão, Lewandowski alegou que os senadores não indicam qual direito foi violado na decisão do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),Davi Alcolumbre(DEM-AP), ao não marcar a sabatina.
Além disso, indica o ministro, a decisão de pautar ou não o interrogatório é previsto no regimento interno e é discricionária de Alcolumbre – logo, não caberia esta interferência do Judiciário no Legislativo.
Veja a íntegra da decisão:
“A jurisprudência desta Suprema Corte, em observância ao princípio constitucional da separação dos poderes, é firme no sentido de que as decisões doCongresso Nacionallevadas a efeito com fundamento em normas regimentais possuem natureza interna corporis, sendo, portanto, infensas à revisão judicial”, escreveu Lewandowski.
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A indicação do nome de Mendonça foi feita por Bolsonaro em julho. Desde então, a espera pela sabatina já se arrasta por 91 dias – ou 77, se descontados os dias de recesso parlamentar em julho. Entre os ministros titulares da Corte, Rosa Weber foi a que demorou mais para ser sabatinada, com 35 dias.
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