Com pouco mais de um mês de gestão à frente da Secretaria de Comunicação da Câmara (Secom), a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) demitiu 20% do efetivo do órgão. A ordem veio da primeira secretária da mesa da Casa, Soraya Santos (PL-RJ). No total, 62 profissionais terceirizados serão demitidos, todos nesta sexta-feira (24). Os profissionais estão sendo chamados individualmente, no momento da publicação desta matéria, a maioria ainda não foi informada.
Informações obtidas pelo Congresso em Foco mostram que há alguns meses a primeira secretária estava incomodada com o tamanho da equipe da Secom, em especial da TV Câmara. Nesse passaralho – como é chamada demissão em massa em veículos de comunicação – 38 profissionais da área técnica da TV e Rádio e 14 jornalistas, que ficavam distribuídos entre as funções de produção, direção de programa e edição de imagens, foram demitidos.
O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e a Diretoria Geral da TV estavam tentando conter o corte para que as demissões não gerassem muita repercussão. Servidores do alto escalão da Casa também tentaram convencer a deputada sobre o momento, alegando que em plena crise causada pelo coronavírus, não seria o momento propício para tirar o emprego desses trabalhadores. Porém, ainda assim, o martelo foi batido e Soraya determinou que 20% do efetivo fosse dispensado.
“Os profissionais não são contra a reformulação, só questionam a forma como essas dispensas foram feitas, no curtíssimo prazo, no meio da pandemia, e sem planejamento prévio do impacto que terá sobre a programação”, afirmou uma fonte da Secom.
O momento veio a calhar, pois o contrato com a empresa Plansul, responsável pela contratação desses profissionais vence neste sábado (25) e segundo legislação vigente, em caso de renovação contratual é possível diminuir até 25% do efetivo, sem a necessidade de nova licitação.
Os profissionais que seguem trabalhando estão em clima de apreensão, pois a TV tem uma programação de 24 horas no ar e com os cortes, a continuidade de muitos dos programas pode se tornar inviável e a carga de trabalho dos funcionários que seguem por lá, tende a aumentar consideravelmente.
A Plansul presta serviço terceirizado na área de comunicação. O site procurou a empresa, mas até a publicação dessa matéria não obteve resposta.
Procurada através de sua assessoria, Soraya Santos até o momento não se pronunciou.
Já Joice Hasselmann encaminhou a seguinte nota:
“Em função da pandemia e da redução de conteúdo da rádio e da TV Câmara pedi readequação dos contratos pelo bom zelo do dinheiro público. Essa demanda de redução da conta dos veículos de comunicação da Casa estava parada na SECOM há mais de um ano. É preciso responsabilidade com cada centavo do dinheiro do contribuinte. Agora a grade será remodelada e a SECOM fará mais por menos.
Os 2 contratos da técnica e jornalismo somam 298 pessoas para todos os produtos da casa (TV CÂMARA, RÁDIO CAMARA, VOZ DO BRASIL, REDES SOCIAIS, SEMID, PORTAL, EVENTOS, VISITA GUIADA, PLENÁRIO, COMISSÕES).
São muitos produtos, mas é preciso pensar na economia do dinheiro público. A nova SECOM está alinhada com a demanda na primeira secretaria de cortar gastos e produzir mais”.
No fim das contas não sobra ninguém.
Queiroz – 1,2 milhões – 500 vagas
Elisângela Barbieri – 49,3 milhões – 20.500 vagas
No fim das contas nao sobra ninguem o Queiroz tinha 500 vagas.