Expulso pelo diretório estadual do Podemos em São Paulo, o deputado federal Marco Feliciano disse que vai aceitar a decisão se o motivo da sua saída for mesmo a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro. Ele acredita que ser expulso do partido por conta da relação com Bolsonaro chega a ser motivo de orgulho. Porém, também rebateu as demais acusações do diretório estadual e ainda aguarda a decisão da Executiva Nacional do Podemos, que pode não acatar a decisão de São Paulo e manter Feliciano na sua bancada federal.
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“Em relação a minha expulsão do Podemos, assim me manifesto: Ser expulso de um partido por apoiar o presidente Bolsonaro é para mim motivo de orgulho. Por isso aceito a decisão. Contudo, saliento que se tratou de um processo de exceção, onde sequer fui intimado a me defender”, afirmou Marco Feliciano. A declaração foi divulgada em nota enviada à imprensa logo depois do Podemos de São Paulo anunciar a decisão de expulsá-lo por conta da proximidade com Bolsonaro, da sua “conduta ética e moral” e do pedido de reembolso feito à Câmara para custear um tratamento dentário de R$ 157 mil – valor considerado desproporcional pelo Podemos de São Paulo.
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Feliciano disse ainda que todos os motivos elencados pelo partido em seu pedido de expulsão são mentirosos. E diz que “se fossem verdade, teriam que expulsar quase todos os deputados federais, pois como eu pediram à Câmara ressarcimento de gastos em saúde”. “Tudo isso é uma trama do presidente estadual do Podemos, Mário Covas Neto, que colocou o partido a reboque dos interesses de seu parente Bruno Covas”, acusa o deputado federal.
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O deputado ainda garante que jamais cometeu qualquer irregularidade em sua vida pública e diz que “quem disser ao contrário será devidamente processado civil e criminalmente”.
PublicidadeEntenda o caso
O Podemos de São Paulo anunciou a decisão de expulsar Marco Feliciano na noite dessa segunda-feira (9). A representação que resultou na expulsão do deputado do partido cita a proximidade com Bolsonaro e acusações de assédio sexual. Porém, cabe recurso na Executiva Nacional do partido. E a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP), já disse que vai analisar o caso.
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“O processo disciplinar que pode resultar na expulsão do deputado federal Marco Feliciano foi avocado pela Comissão Executiva Nacional, na forma do artigo 65 do estatuto partidário. Resulta, portanto, na ausência de competência estatutária para a decisão proferida na reunião estadual de São Paulo para este caso específico. O mesmo será resolvido na esfera federal por esse motivo”, informou a Executiva em nota.
O Podemos, contudo, tenta manter uma posição mais afastada do governo Bolsonaro no Congresso Nacional. O partido vem adotando uma linha de encampar as pautas de combate à corrupção e segurança pública o ministro Sergio Moro, mas olhar com um viés mais crítico as outras demandas do governo. E Feliciano é um dos deputados federais mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, tanto que já fez parte da comitiva presidencial em algumas viagens internacionais.
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