A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), divulgou nomes que serão ouvidos nas próximas sessões da comissão, na terça-feira (20) e na quinta-feira que vem (22). São eles:
- terça-feira (20): o ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
- quinta-feira (22) : o acusado de entregar o artefato e ser um dos mentores do atentado que planejava explodir uma bomba em um caminhão-tanque em frente ao aeroporto de Brasília, o empresário George Washington. Preso no dia 24 de dezembro de 2022, mesma data em que a bomba foi alojada no aeroporto. A comissão também deve ouvir o perito que desarmou o caminhão-bomba no aeroporto de Brasília.
O dia 24 de dezembro é uma das datas-chave na estratégia dos parlamentares governistas. Os congressistas definiram o dia 12 de dezembro, data da tentativa de invasão de manifestantes bolsonaristas à Polícia Federal, e o dia 24 de dezembro como marcos que antecederam o 8 de janeiro e merecem investigação. São as datas que, segundo os parlamentares, provam premeditação e todo um processo que culminou na tentativa de golpe.
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Confiança
De acordo com o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partid0-AP), o governo já está satisfeito com o roteiro definido na terça-feira (13), na terceira audiência da CPMI.
“Agora, a CPMI estará sendo cuidada pela senadora Eliziane. Nós tinhamos preocupação até a votação de ontem. Com o roteiro aprovado nós estamos confiantes que a CPMI irá seguir tranquilamente seu curso, sem espaços para versões e com espaços para investigar os fatos”, disse Randolfe.
Durante a sessão de terça, a oposição teve parte de seus requerimentos retirados pelo governo, em uma votação que blocou todos os 285 requerimentos em apenas três para acelerar a votação. Com isso, parte dos requerimentos que dariam munição retórica para a oposição culpar o governo pelos atos de depredação no 8 de janeiro foi embargado.
Desconfiança
Mesmo diante da vitória do governo, frequentemente acusado de ter sequestrado a CPMI, a oposição ainda tem recursos a serem explorados durante o curso da investigação. Conforme o senador Sergio Moro (União-PR), a convocação de G Dias é fundamental para compor o leque de oitivas, apesar de não estar confirmado ainda para depor à CPMI.
“Não tem como você fazer a sentença da CPMI do 8 de janeiro sem ouvir alguns principais personagens e o general Gonçalves Dias [ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional], tanto pelo vídeo [em que aparece no dia da tentativa de golpe entre manifestantes bolsonaristas dentro de um órgão público] quanto pelo cargo que exercia, é necessário que seja ouvido”, defendeu.
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