O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União-BA), se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na terça-feira (13) e afirmou que após uma longa reunião os parlamentares da Comissão que analisa os atos perpetrados em 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes receberão os autos do processo conduzido pela mais alta corte do país.
“Tive uma longa reunião com o ministro, e ele se comprometeu a compartilhar dados assim que chegar a nossa requisição, para que os membros da CPMI tenham acesso para inquirir esses presos”, disse o deputado.
Maia acrescentou que o estudo do processo do STF permitirá o requerimento de oitivas junto a detidos que depredaram órgãos da Praça. No entanto, só processos em fase de diligência serão divulgados ao colegiado.
Maia vinha anunciando que se reuniria com o ministro desde a semana passada porque a liberação do processo do STF é um dos pontos de maior insistência entre os congressistas. Uma ala, composta majoritariamente pela oposição, pede a divulgação dos documentos, mas a ala governista pede para que o processo siga sob sigilo.
O motivo seria porque a ação do STF também investiga parlamentares, como o deputado André Fernandes (PL-CE), que já foi indiciado por mensagens propagadas em suas redes sociais que incentivaram os atos de quebra-quebra.
O governo também procura blindar a investigação porque parlamentares como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria acesso à informações que poderiam ser transmitidas ao pai, Jair Bolsonaro, implicado nos inquéritos que apuram possível participação do ex-presidente
*Com informações da Agência Senado
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