A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI dos Atos Golpistas, afirmou nesta quarta-feira (18) que a aprovação de seu relatório é um marco. O parecer apresentado pela congressista foi aprovado por 20 votos a 11.
“Hoje é um dia simbólico para o Brasil e para o mundo. O Brasil, e sobretudo o Congresso Nacional, dá uma resposta de intolerância a atos antidemocráticos. É uma demonstração de que a democracia venceu o fascismo, a barbárie e que a democracia e as instituições brasileiras, mais do que nunca, são fortes”, disse Eliziane.
Em seu relatório, Eliziane aponta Jair Bolsonaro (PL) como o “mentor moral e intelectual” dos atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo ela, o ex-presidente tentou dar um golpe de Estado. O ex-presidente e outras 60 pessoas são alvos de pedidos de indiciamento. Metade delas, militares.
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A relatora e os integrantes governistas deixaram o auditório da CPMI e foram em caminhada, juntos, até a Praça dos Três Poderes. Segundo o grupo, é um ato simbólico para reocupar “o centro do poder” no Brasil, que foi palco dos atos golpistas no 8 de janeiro.
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), elogiou o fim dos trabalhos e afirmou que sentimento de “valorização da democracia” é o que marca o resultado do colegiado.
Publicidade“Nós não podemos admitir nunca mais que se fale contra a democracia. Não podemos admitir nunca mais, independente se tivemos ou não tivemos uma tentativa de golpe de Estado”, disse o presidente da CPMI.
Para Arthur, só seria uma tentativa de golpe de Estado com uma força militar para impor a ação. O deputado elogiou o Exército por não se deixar “levar pelo canto da sereia” de uma intervenção militar.
Com a aprovação do relatório de Eliziane, os pareceres paralelos apresentados pela oposição perdeu sentido e não chegou a ser votado. Nele, os congressistas pediam o indiciamento de Lula por prevaricação.
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