Conforme o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), “tudo indica” que a CPMI dos Atos Antidemocráticos será instalada na semana que vem com um plano de trabalho estabelecido e abertura para elencar os nomes dos convocados para depor. Os partidos podem indicar a partir de quarta-feira (3) os nomes para compor a CPMI.
Além de afirmar que a presidência da CPMI não está definida – o nome mais cotado para a função é o deputado Arthur Maia (União-BA), que sofre rejeição do Planalto -, Lindbergh disse que a Operação da Polícia Federal realizada na quarta-feira (3) vai impactar especialmente na CPMI e que o tenente-coronel Mauro Cid tem que ser um dos primeiros convocados e ter o sigilo telefônico e bancário quebrado.
A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandato de busca e apreensão como parte da Operação Venire e apreendeu na manhã da quarta-feira o celular de Jair Bolsonaro. O ex-presidente da República é suspeito de ter falsificado o certificado de vacinação de Covid-19 dele e da família dentro Ministério da Saúde para viajar aos EUA.
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Para Lindbergh, Mauro Cid é peça chave na CPMI dos Atos Antidemocráticos porque “fica muito claro que ele era a pessoa que se comunicava diretamente com o presidente da República”. O deputado afirma que Cid era o elo de negociação de Bolsonaro com agentes de extrema direita.
Outra CPI?
O deputado Lindbergh Farias ainda acrescentou que, junto com o deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), está discutindo a ideia de colher assinaturas para abrir uma CPI referente à adulteração do certificado de vacinação. No entanto, o objetivo maior é instalar a CPMI a respeito do dia 8 de janeiro.
“Temos que avaliar porque tem a questão das joias, a rachadinha do cartão corporativo do Palácio do Planalto e essa operação da PF. Conforme a quebra de sigilos é feita, muita coisa vai surgindo e tudo me parece conectado”, ponderou o deputado.
Já para o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o governo está desorganizado e sem base no Congresso e a operação da PF autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) é uma cortina de fumaça para disfarçar a derrota que o governo teve na Câmara dos Deputados ao não conseguir votar a PL das Fake News. “Operações como essa, para ser muito honesto, vão motivar nós, conservadores de direita, a vestir nossas camisas verde-amarelas e tomar as ruas do Brasil.”
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