A CPI da Covid recebe nesta terça-feira (13) a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades. A empresa, que representa a Bharat Biotech no Brasil, foi apontada por ter intermediado negociações para compra da vacina Covaxin.
A convocação da executiva foi requerida pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Também foi aprovada a transferência de sigilo telefônico e telemático da convocada.
A empresa está no centro de um esquema de propina na compra dos imunizantes, que envolve militares do Ministério da Saúde.
Nesta segunda-feira (12), Emanuela Medrades teve pedido de habeas corpus deferido pelo Supremo e a executiva tem a prerrogativa de não responder questões que possam incriminá-la. Em coletiva no Senado, o presidente da comissão disse que Emanuela passou por um treinamento de mídia e acabou se equivocando nas respostas, razão pela qual seus advogados devem instruí-la a ficar calada.
Após se recusar em responder até mesmo qual seu vínculo com a Precisa Medicamentos, Omar Aziz disse que iria suspender a reunião para pedir um embargo de declaração do STF para entender os detalhes do habeas corpus e se ela pode mesmo se manter calada em todas as perguntas. Na segunda-feira (12), Emanuele Medrades foi ouvida pela Polícia Federal e os senadores disseram que causou estranheza o depoimento à PF.
Prorrogação
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse no início da sessão desta terça-feira (13) que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deve prorrogar o funcionamento da comissão parlamentar. O requerimento havia sido apresentado há duas semanas, e conta com mais que as 27 assinaturas necessárias.
“O presidente Rodrigo Pacheco, ao telefone comigo ontem à noite, disse que amanhã prorrogará a CPI”, indicou Aziz aos parlamentares. Eles tratarão da prorrogação em uma reunião para tratar de temas a serem tocados no recesso.
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