O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que talvez julho seja o momento adequado para o retorno dos trabalhos legislativos na Câmara e no Senado, mas afirmou que a decisão não é simples, precisa ser tomada em conjunto com parlamentares, visto que a malha aérea está muito restrita.
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Ele ponderou que será preciso organizar a medição de temperatura na entrada das pessoas no Congresso, testagem de servidores e a adoção de protocolos de segurança. Para Maia, os instrumentos de deliberação remota devem ser aproveitados nessa fase de retomada.
“Eu não acho que nós voltaremos à normalidade em julho, mas você pode dar passos a partir de julho”, disse. Perguntado se a reforma tributária pode ser um dos temas a ser discutidos no retorno, ele confirmou que esse é um dos temas que pode avançar.
Sobre a flexibilização do isolamento em alguns estados, Maia disse que deve haver cuidado para que o relaxamento não aumente da curva de infectados. “Certamente os governadores e os prefeitos estão tomando essas decisões baseados em informações técnicas”, disse ele.
Manifestações
A respeito da convocação de novos atos para domingo (7), Maia avaliou que neste momento a preocupação não deveria ser com manifestações, mas no combate à covid-19. “Acho que nós não deveríamos ter manifestações num momento de isolamento, de pandemia”, considerou. “Se nós pudermos evitar as manifestações, é o ideal, de todos os campos”, disse ele.
Maia afastou uma ligação entre a recriação do Ministério da Segurança Pública e a explosão de manifestações. Ele avaliou que as polícias militares dos estados, responsáveis pela segurança nesses atos, têm condições de lidar com os protestos.
Prorrogação do auxílio emergencial
Maia defendeu que o governo envie ao Congresso uma proposta para tratar da prorrogação do auxílio emergencial. Ele vem defendendo a prorrogação além dos três meses inicialmente previstos. “O governo deveria encaminhar uma proposta e o Parlamento discutir baseado na proposta do governo”, disse.
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