O senador Esperidião Amin (PP-SC) alugou um avião particular, pago pelo Senado, no valor de R$ 16,5mil. A viagem foi realizada em junho pela companhia Santafé Táxi Aéreo Ltda. A aeronave partiu do município de Xanxerê, no oeste de Santa Catarina, e seguiu para São José, cidade vizinha a Florianópolis, no leste do estado. O pagamento foi registrado no Portal da Transparência do Senado.
O recurso faz parte da cota para o exercício da atividade parlamentar, que cobre despesas com transporte aéreo, combustíveis, aluguel de escritório e hospedagem, entre outros gastos dos senadores. Não há restrição à contratação de avião particular com a verba pública. Cotação feita pelo Congresso em Foco indica que o gasto do senador está dentro da média para a locação de uma aeronave para deslocamento do trecho.
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A opção pelo táxi aéreo difere do padrão adotado pelo parlamentar para viajar pelo estado. Desde o início do ano, ele havia se locomovido por Santa Catarina apenas por transporte terrestre. Pouco mais de 500 km separam Xanxerê de São José.
Procurado pela reportagem para esclarecer o motivo da locação do avião, Amin preferiu não se manifestar. Fonte próxima ao senador contou ao Congresso em Foco que ele optou por alugar a aeronave para não perder um compromisso em Florianópolis depois de acompanhar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em um evento em Chapecó, cidade localizada a 45 km de Xanxerê, de onde partiu o avião. O interlocutor não informou, no entanto, qual era o evento nem a necessidade de o parlamentar fazer um gasto desse valor com dinheiro público em uma única viagem. Ainda segundo ele, não havia voo regular entre as duas cidades naquele dia.
No ano passado, mesmo com a redução no número das sessões presenciais, devido à pandemia, o Senado gastou R$ 3,4 milhões apenas com passagens aéreas. Desde o início do ano, os gastos comprovados com esse tipo de transporte passam de R$ 2,6 milhões.
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