Após denúncia de desvio de R$ 2 milhões, em um suposto um esquema de “rachadinha” no gabinete do presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou uma notícia-crime pedindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue as acusações.
De acordo com reportagem divulgada na última edição da revista Veja, havia um esquema de contratação de assessorias parlamentares fantasmas no gabinete do senador, em que a maior parte do salário das funcionárias ficava retido. As assessoras tinham previsão de receber entre R$ 4mil e R$ 14mil pagos pelo Congresso Nacional, mas o valor que realmente ficava com elas não passava dos R$ 1,3mil.
Na notícia-crime, o senado solicita ao STF “a imediata apuração dos fatos” e a colheita dos depoimentos das testemunhas, para que se evite a “lenta ou nenhuma apuração de fatos graves envolvendo autoridades”.
“Não se pretende — repise-se — atribuir sumariamente culpa ao senador Davi Alcolumbre, mas apenas levar ao conhecimento desta Corte fatos que, se vierem a ser reputados verdadeiros, merecem a devida e ulterior responsabilização”, destaca o documento.
Em nota, o senador Davi Alcolumbre negou participação em um esquema de rachadinha em seu gabinete e destacou que a matéria é parte de uma campanha difamatória que já havia chegado ao seu conhecimento.
“Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem. Tomarei as providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos”, declarou Alcolumbre.
Mas na notícia-crime, Alessandro Vieira rebate a alegação de Alcolumbre. “É despiciendo dizer que não pode alegar desconhecimento do que se passa em seu próprio Gabinete – ainda mais considerando-se, segundo o conteúdo veiculado, que as funcionárias ‘fantasmas’ nunca compareceram naquele recinto”.
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