Olha o que um juiz eleitoral de Mato Grosso fez para tentar coibir a venda de votos: desde quinta-feira até hoje (7), dia da eleição, saques em dinheiro em cinco cidades do estado, só até R$ 2 mil. Retiradas superiores a esse valor, apenas para pagamento de salários. Isso é que é ir à raiz do problema. Só que não.
Quanto àquela prática de se dar um pé de sapato antes da eleição e o outro em caso de vitória, não se tem notícia de sua erradicação. Talvez, proibindo-se a venda de pares de sapatos … com menos de dois pés.
Pergunta do milhão: e para se evitar compra de apoio político (em suas variáveis petistas, tucanas, ‘demas’ e correlatas), os saques devem ser limitados a quanto? E por quanto tempo?
A) Alguns zilhões de reais, para sempre.
B) Alguns “ultralhões” de todas as moedas atuais, passadas e futuras (incluindo espelhinhos, apitos e outros mimos dos tempos coloniais), retroativamente a 1500 e “prafentemente” até o fim dos tempos.
C) Todas as alternativas estão corretas.
D) Sei lá. Vamos todos botar uns óculos escuros e dançar o Gangnam Style, ou “Estilo Guadagnin”, em livre tradução (relembre aqui).
E) Gostaria de exercer o meu direito constitucional de permanecer calado.
Enquanto isso, Valdemar da Costa Neto, condenado no Supremo, vai recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Se perder por lá, deve buscar o Vaticano. Persistindo a condenação, vai à ONU, Unesco, Unicef, OMC, Fifa, COI, Pai, Filho, Espírito Santo …
Ah, nem!
Então, vê lá o que vai fazer com este voto hoje, hein? Mesmo não sendo um dos sete milhões que vão votar no sistema biométrico, aquele que identifica o eleitor por meio das impressões digitais, a conjuntura futura há de ter dedo seu.
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