O PSB, um dos partidos aliados à presidenta Dilma Rousseff no Congresso, negou nesta quinta-feira (1º), em nota oficial, estar se movimentando para conseguir mais espaço e cargos nos primeiros escalões do governo federal. “O partido não se manifestou – e não manifestará – qualquer intenção nesse sentido, porque o apoio ao governo Dilma é desdobramento da aliança que vigorou nos dois mandatos de Lula, firmada desde a campanha de 1989”, diz a nota.
Na nota, o PSB afirma repudiar qualquer informação de que pleiteia cargos no governo federal. “Nenhuma declaração oficial ou pessoal foi autorizada nesse sentido, carecendo, portanto, de sustentação as insinuações veiculadas em órgãos da imprensa.” O PSB foi o partido que mais cresceu nas últimas eleições, passando de 310 para 440 prefeituras. Um aumento de 42%, que, na visão de petistas, seria utilizado PSB para pressionar por mais cargos.
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De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Palácio do Planalto começou a juntar argumentos para negar mais cargos para o PSB. A ideia é evitar dar mais um ministério ao partido comandado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Atualmente, quadros da legenda comandam a pasta da Integração Nacional e a Secretaria de Portos, que tem status de ministério.
Ontem, o Congresso em Foco mostrou que o PT elegeu Campos como seu adversário número um. Em reunião da bancada de senadores do partido, a avaliação é que o o governador de Pernambuco atuou, especialmente no Nordeste, como adversário. E, para os parlamentares, não foram questões locais que fizeram com que ele agisse assim. Mas parte de uma estratégia maior.
Leia a íntegra da nota:
“NOTA DE REPÚDIO
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) repudia toda e qualquer informação de que pleiteia cargos no Governo Federal. Nenhuma declaração oficial ou pessoal foi autorizada nesse sentido, carecendo, portanto, de sustentação as insinuações veiculadas em órgãos da imprensa.
O partido não se manifestou – e não manifestará – qualquer intenção nesse sentido, porque o apoio ao governo Dilma é desdobramento da aliança que vigorou nos dois mandatos de Lula, firmada desde a campanha de 1989.
O PSB integra a base de sustentação do governo Dilma e honra seu compromisso na luta por um Brasil melhor, economicamente forte e socialmente mais justo. O cenário global é complexo e as forças de esquerda devem estar unidas para enfrentar os desafios que se apresentam.
Temos também presente a necessidade de dar prioridade às novas administrações que o povo brasileiro nos confiou nesse pleito. Uma das melhores formas de proteger a sociedade e, sobretudo, de proteger as classes menos favorecidas, é fazer uma boa gestão honesta e eficiente. Fazer o debate político foi uma grande contribuição do partido nessas eleições. O PSB discutiu programas e marcou posição.
Essa é uma vitória que deve ser festejada por todos os democratas.”
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