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Odair diz que, independentemente do que aconteça, já tem relatório pronto para ser apresentado. “Não houve acordo por parte das lideranças. Cada liderança no Senado e na Câmara tem, agora, responsabilidade por colher assinaturas devidas e necessárias para a aprovação [de requerimento de prorrogação]. É um ato automático: conseguidas as assinaturas, haverá prorrogação para o tempo que aquele requerimento assim estabelecer”, declarou Odair, à saída do gabinete da liderança do PMDB no Senado – onde o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), permaneceu realizando contatos, por telefone, para a coleta de assinaturas. São necessárias 27 adesões de senadores e 171 de deputados para a aprovação de requerimento, a ser aprovado em plenário.
Segundo Odair, 150 assinaturas de deputados já haviam sido asseguradas para a prorrogação de 180 dias – no Senado, 35 foram obtidas por meio de articulação dos senadores Randolfe Rodrigues e Pedro Taques (PDT-MT). O prazo apertado para a deliberação – ainda mais com o feriado de Finados na próxima sexta-feira (2) – não preocupa Odair. “Eu não trabalho com a hipótese de não haver prorrogação. Nós tivemos um acordo de líderes, e esperamos que os líderes honrem esse acordo. Claro, nós teremos uma prorrogação que viabilize, no mínimo, a leitura, discussão e votação do nosso relatório”, acrescentou o petista.
Como no próximo domingo (4) encerra-se o prazo inicial de 180 dias para que o colegiado apresente relatório, ao menos uma decisão dos membros da CPI foi tomada. Depois quase quatro horas de muito vai-e-vem no gabinete da liderança peemedebista, decidiu-se que tudo será resolvido amanhã (quarta, 31), a partir das 10h, em reunião do plenário do colegiado. À parte a necessidade de aprofundamento dos trabalhos, há quem defenda ao menos uma medida que dê subsídios a órgãos de investigação além de uma comissão parlamentar de inquérito, como o Ministério Público Federal.
“Fundamental é a quebra de sigilo”, sentenciou Randolfe, referindo-se às três dezenas de empresas fantasmas, além de pessoas físicas, que ainda constam das investigações da Polícia Federal, muitas delas apontadas como mecanismo do esquema criminoso operado por Carlos Cachoeira, a partir de Goiás. O senador do Psol é um dos que preferem abrir mão da prorrogação em nome das quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico.
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