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Segundo Pedro Corrêa, que há dois meses negocia acordo de delação premiada com o Ministério Público, Dilma também tinha conhecimento dos desvios na Petrobras. E, como Lula, teria agido “pessoalmente” para manter o esquema em funcionamento.
“Já temos nosso Roberto Jefferson”, declarou a deputada, referindo-se ao ex-deputado e ex-presidente nacional do PTB. Delator do mensalão petista, em 2005, Jefferson revelou ao país, depois de tê-lo feito ao ex-presidente Lula, que um esquema de compra de votos no Congresso estava em curso, por meio de uma espécie de mesada para parlamentares. O caso resultou no mais longo julgamento da história do Supremo Tribunal Federal (STF) e levou à prisão políticos como o ex-ministro José Dirceu e o próprio Corrêa.
A deputada também quer o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra dê esclarecimentos à CPI da Petrobras. Segundo a reportagem da revista, ele, Lula e Dirceu se reuniram no Palácio do Planalto, durante o governo do petista, para discutir a indicação de Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato, para a diretoria de Abastecimento da estatal. O ex-diretor já foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro e, por ter firmado acordo de delação premiada, cumpre pena em regime domiciliar.
Eliziane Gama também defende que a presidenta Dilma Rousseff seja investigada. Para reforçar essa ideia, ela lembra que o PPS, por meio do vice-líder da Minoria na Câmara, Raul Jungmann (PE), chegou a pedir ao ministro do STF Teori Zavascki, em março, a inclusão de Dilma entre os investigados da Lava Jato. Relator do caso no Supremo, Zavascki negou o pedido, mas ainda não deu resposta a recurso apresentado pelo PPS.
“Agora o PSDB reforçou o nosso pedido, o que é bom. Esperamos que todos sejam investigados”, afirma a deputada maranhense, referindo-se a requerimento formalizado ontem (sexta, 25) pelo líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). Ainda segundo Eliziane, a CPI da Petrobras só terá êxito nas investigações se promover a acareação entre Lula e Corrêa. “Chega de ouvir o silêncio. Lula, pelo menos, terá o direito de dizer que não sabia. E Pedro Corrêa, de desmentir. É um confronto que a sociedade espera e tem o direito de acompanhar.”
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