Renata Vilela*
De acordo com a Caixa Econômica Federal,67,9 milhões de pessoas receberam o Auxílio Emergencial no ano passado. Contudo, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), 7,3 milhões receberam o benefício indevidamente.
A verificação de quais cidadãos eram elegíveis ao auxílio foi realizada em tempo recorde pela Dataprev, porém, erros aconteceram. Segundo um especialista em uso de banco de dados para cruzamento de informações, a urgência da checagem foi um dos fatores que colaboraram para as falhas.
“Algumas bases de dados, fora da gestão da Dataprev, estavam incompletas, gerando inconsistências. Porém, após o início dos pagamentos, os órgãos de controle e controladoria – CGU e TCU -, que possuem essas bases completas, começaram a apontar erros. E à medida que as bases começaram a ser disponibilizadas as questões foram sendo corrigidas”, explicou.
Ainda de acordo com o especialista, para um resultado correto, bases de dados que ainda não são gerenciadas pela Dataprev e pelo Serpro impediram que a lista de cidadãos elegíveis fosse realmente justa. “Acredito que devido ao tempo ter sido mínimo, o trabalho realizado foi satisfatório. Mas, muitas bases de dados eram necessárias para chegar a uma lista mais correta”, acrescenta.
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Mudanças
PublicidadePorém, os erros que possibilitaram os pagamentos indevidos do Auxílio Emergencial em 2020, foram sanados pela Dataprev, na medida em que foram acrescentadas outras bases de outros órgãos. Hoje, o órgão tem à disposição 24 bases indicadas pelo Ministério da Cidadania.
Com isso, grande parte das fraudes será impedida. Isso fará com que o auxílio – estimado em R$ 43 bilhões – chegue às cerca de 48 milhões de pessoas que realmente necessitam da ajuda governamental.
Casos como utilização de CPF de pessoas já falecidas, dependentes de famílias abastadas que não teriam direito ao benefício, cidadãos com outros benefícios, dentre outros, serão retidos no próprio aplicativo ao fazer a solicitação.
*Renata Vilela, especial para a campanha Salve Seus Dados
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