O Brasil possui mais de 147 milhões de eleitores aptos a votar, segundo estimativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Agendadas para o dia 2 de outubro, as eleições de 2022 deverão registrar mais de 735 milhões de votos, distribuídos entre deputados estaduais, distritais e federais, senadores, governadores e presidente da República, apenas no primeiro turno.
Para alcançar o sucesso, os candidatos precisam compreender a realidade, a dinâmica do eleitorado e como conquistá-lo. Há algumas ferramentas que facilitam esse caminho. A ciência política utiliza a cartografia para representar os dados eleitorais, dando origem aos mapas eleitorais. Os mapas permitem entender com mais clareza a distribuição dos votos de uma eleição. Além disso, com a análise de dados de eleições anteriores, é possível identificar padrões de votos.
Para demonstrar os benefícios da utilização dos mapas eleitorais, o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) está oferecendo um workshop sobre o tema, voltado para pessoas que trabalham com marketing político e/ou querem contratar, acompanhar e usar a produção de mapas eleitorais durante as eleições de 2022.
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O IBPAD é um centro de inovação em ciência de dados com foco nas áreas de comunicação e política. O instituto tem mais de seis anos e conta com mais de 10 mil alunos. Os cursos são focados em abordar dados disponíveis e criar estratégias de otimização de desempenho nas mais diversas áreas de aplicação.
“A área de ensino alia experiências reais, rigor científico, inovação e metodologia própria para ensinar um conhecimento guiado por dados que ajude as pessoas a buscarem o estado da arte em suas áreas de atuação e conhecimento”, afirma Jaqueline Buckstegge, cientista política e sócia-diretora do IBPAD.
O workshop será ministrado por Ricardo Gonçalves, doutor em ciência política pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ricardo desenvolve projetos de análise espacial com dados eleitorais brasileiros desde 2012. Ele recebeu o Prêmio Marcus Figueiredo de Jovens Pesquisadores em 2016 com o artigo “Cartografia de Redes Sociais Digitais: uma proposta de análise da dimensão geográfica nas interações no Facebook, Twitter e voto”.
Segundo Ricardo, a utilização dos mapas permite otimizar a campanha e definir estratégias para conquistar votos e formar alianças. “O dinheiro de uma campanha é limitado. E o distrito eleitoral brasileiro é muito grande, especialmente para deputados e senadores. Então você não pode distribuir o dinheiro sem pensar. Ao utilizar os mapas eleitorais, é possível tomar decisões que darão retornos mais certos”, afirma o cientista político.
O pesquisador exemplifica a importância da aplicação de um mapa eleitoral em uma eleição municipal, seja para o cargo de vereador ou prefeito. “Se um bairro tem taxas boas de segurança e educação, mas peca em saúde, por exemplo, eu posso focar meus esforços em divulgar minhas propostas para a saúde daquele local”, explica.
A elaboração de mapas eleitorais é uma metodologia de baixo custo, especialmente quando comparada com outros métodos, como as pesquisas de opinião. A maioria dos dados utilizados na elaboração é aberta e divulgada pelo próprio TSE. No workshop, os participantes utilizarão o software gratuito QGIS, que permite a visualização, a edição e a análise de dados georreferenciados.
O workshop é composto por dez aulas objetivas e tem carga horária total de duas horas. O conteúdo ficará disponível por um ano e os participantes receberão um certificado do IBPAD ao concluírem todas as atividades.
Para se inscrever e saber mais sobre o workshop, acesse o site do instituto.
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