Policiais, mesmo após várias concessões do Governo Estado, insistem em um motim, invadem quartéis, tomam viaturas e saem encapuzados espalhando o terror e determinando que os comerciantes fechem seus estabelecimentos. Um Senador da República vai pra frente do motim, enfrenta os amotinados aos gritos e, não satisfeito, pega uma retroescavadeira e parte pra cima da manifestação, colocando em risco a integridade física e a vida das pessoas. Do meio da manifestação, homens encapuzados, provavelmente policiais, atiram contra o Senador e contra pessoas que o acompanhavam. Ninguém tem razão!
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Policial não pode entrar em motim e muito menos invadir quartel e tomar viatura. Ao senador, não cabe o papel da Justiça e da própria polícia de desfazer o motim. Policial não pode aproveitar que está mascarado para atirar contra as pessoas.
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Os fatos não podem ser encarados com naturalidade. São a expressão do tempo sombrio que vivemos, quando aos protestos já não se impõem os limites democráticos, a função de uma autoridade política, a liturgia e a responsabilidade do cargo.
A política dentro dos quartéis produziu muita lideranças que hoje contribuem com a política, mas é preciso um regramento que reponha as regras de disciplina e hierarquia na corporação, regras essas relativizadas hoje pela extrema politização dos quartéis.
Da mesma forma, precisamos de políticos conscientes das suas responsabilidade e agindo para construir o diálogo e não para estimular o conflito.
PublicidadeO lado que quero tomar nesse debate é o lado da sensatez. O lado do diálogo como único mecanismo pra solução dos conflitos. O lado de quem não vê a hora do Brasil superar esses tempos estranhos.
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