A pandemia está testando os limites do conhecimento científico, da capacidade de nos solidarizarmos com o próximo e também da nossa sensatez, para enfrentar e vencer a calamidade.
O bom senso nos ensina que não vale a pena perder tempo, foco e energia com falsas dicotomias do tipo: vidas ou empregos? Estado maior ou Estado menor? Ora, nem uns, nem outros: uma sociedade doente não produz, muito menos gera empregos em bases sustentáveis. Também está claríssimo que a população precisa é de um ‘Estado melhor’, capaz de atender aos seus cidadãos em momentos de incerteza e insegurança, com rapidez e firmeza. Nem mínimo, nem máximo — o Estado necessário!
Outra lição óbvia — mas como é difícil para alguns enxergar o ‘óbvio ululante’!… — que a sensatez ensina: uma casa dividida não se sustenta de pé. Em vez de apontar o dedo umas contra as outras, cabe às autoridades nos três poderes e nos três níveis de governo solidarizar-se no cumprimento dos seus deveres, todos remando no mesmo sentido para impulsionar pra frente o barco-Brasil.
Por isso, aqueles que arriscam suas vidas na linha de frente da guerra contra o coronavírus merecem nossos agradecimentos e homenagens: médicos, médicos veterinários, enfermeiros, nutricionistas, infectologistas e demais profissionais da Saúde; além de agricultores e pecuaristas; balconistas de farmácias e caixas de supermercados; caminhoneiros e transportadores em geral.
Posso afirmar que o Congresso Nacional também tem se mostrado à altura deste desafio histórico. No Senado Federal, mediante processo de votação remota, cumprindo as medidas de proteção defendidas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (e aprovadas por quase 80% da população), ainda em fevereiro, aprovamos a regulamentação da emergência (isolamento, quarentena, controle de portos, estradas e aeroportos). Em seguida, votamos o decreto legislativo que reconheceu o estado de calamidade pública; aprovamos a ampliação do alcance do auxílio de R$ 600 aos trabalhadores informais, o qual o governo federal prometeu começar a pagar nesta semana ( emenda a qual apoiei, e que reduziu para 15% a taxa que os motoristas de aplicativos devem repassar aos operadores); e votamos a criação do Programa de Auxílio Emprego, pelo qual o governo pagará parte do salário de quem tiver seu contrato de trabalho reduzido ou suspenso.
Também aprovamos a transferência de R$ 2 bilhões para Santas Casas e hospitais filantrópicos, e a distribuição da merenda escolar às famílias dos alunos de escolas públicas cujas aulas foram suspensas. Paralelamente, deliberamos permissão aos Estados e municípios para que utilizem saldos de repasses anteriores do Ministério da Saúde no combate ao coronavírus.
Nesta e nas próximas semanas continuaremos trabalhando, sem descanso, em benefício do povo e dos Estados que representamos, de modo a ajudar o Brasil a atravessar essa provação coletiva. Dela, sairemos mais unidos, ainda mais solidários, confiantes e dispostos a retomar o caminho da prosperidade e da paz.
*Wellington Fagundes (PL-MT) é senador da República.
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NOSSAS DIFERENÇAS E DESEJOS
Fica claro que não somos todos iguais nem que estamos no mesmo barco, porém vivemos no mesmo planeta, onde cada pedaço dele, tem suas características.
Cada país tem suas regras e hábitos, tal qual aqui em pindorama, eis, no entanto que não somos por nossa posição vertical no planeta nem de longe uma homogeneidade.
Somos uma pátria plural com muitas variáveis do norte ao sul, falamos português com muitas variáveis, mas nos entendemos, sempre aprendendo, com cada recanto.
Nossas doenças sequer são as mesmas em cada região, mas a desproporção com que nossa política trata o país é uma ameaça maior que esta pandemia.
Uma região com 37% da população tem os mesmos representantes que outra com três, para dizer o mínimo é estranho.
Que 5% da população seja responsável por 25% das responsabilidades do sistema previdenciário também me parece estranho, que a iniciativa privada ou cidadãos paguem essa conta é ainda mais estranho, POIS NÃO TEMOS RECIPROCIDADE.
Não podemos ou devemos falar em ideologias, pois todos tem direito à sua, mas temos que reorganizar e definir o que somos como país.
Ou o presidencialismo é fato, ou fazemos outra escolha pública e vamos ao parlamentarismo, com voto distrital e encolhemos o estado e só permitiremos no STF juízes de carreira com um mínimo de vivencia, pois notório saber é balela, a lei não pode propor impunidade, o sujo não pode ser nada além de vivente sem cargo público, nenhum órgão será ocupado por alguém sem qualificação especifica.
Esse é o país que retrata os anseios mais claros da sociedade, queremos não ter medo, mas exigimos respeito.
Abraços