A prefeitura de Maringá (PR) divulgou uma nota no início da tarde desta sexta-feira (2) afirmando que não aplicou vacinas vencidas e que o erro está no sistema Conect SUS, que demorou para transferir dados do Ministério da Saúde para o município. (confira nota na íntegra abaixo)
De acordo com a prefeitura, o lançamento Conect SUS é diferente do dia da aplicação da dose. “Isso porque, no começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS”.
Denúncia da Folha de S. Paulo de hoje mostra que cerca de 26 mil doses da AstraZeneca fora da validade foram aplicadas em 1.532 municípios. Maringá, reduto eleitoral de Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara e centro do escândalo envolvendo a compra superfaturada da vacina Covaxin, foi a cidade que mais vacinou com imunizantes fora da validade, 3.536 doses.
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Vacinas fora da data da validade não fazem mal ao corpo, mas não cumprem sua função fundamental, imunizar contra o novo coronavírus. Entre as cidades que mais utilizaram doses vencidas, de acordo com a Folha, estão Belém (PA), com 2.673, São Paulo (SP), com 996, Nilópolis (RJ), com 852, e Salvador (BA), com 824.
A AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil e a primeira anunciada pelo Ministério da Saúde no ano passado em uma parceria com a Universidade de Oxford e a Fiocruz. O imunizante responde por 57% das doses aplicadas em 2020.
Ainda de acordo com levantamento da Folha, até o dia 19 de junho, um total de 25.935 doses de oito lotes de AstraZeneca foram aplicadas fora da validade. Metade deles veio do Instituto Serum da Índia e a outra metade, da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).
Confira nota da prefeitura de Maringá na íntegra:
Sobre reportagem da Folha de S. Paulo que denuncia suposta vacinação contra covid-19 com imunizantes vencidos, Marcelo Puzzi, secretário da Saúde de Maringá, explica: “O lançamento no Sistema Conect SUS está diferente do dia da aplicação da dose. Isso porque, no começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS.”
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