Os líderes partidários decidiram, nesta quinta-feira (4), que a Câmara retomará gradativamente o trabalho presencial. As sessões continuarão a ser híbridas na próxima semana até que sejam feitos os ajustes necessários para o retorno das atividades. As medidas a serem adotadas serão precedidas de estudo técnico.
Pelo acordo, 146 deputados poderão ficar em plenário. Cada partido terá de comparecer com um número de congressistas, em proporção ao tamanho da bancada. Os demais poderão votar pelo modelo remoto, em suas bases eleitorais. O novo modelo vai entrar em vigor na semana que começa no dia 23, após o feriado de carnaval.
O MDB e o Psol discordaram da medida. “Poderíamos esperar mais dois ou três meses para o trabalho presencial. Teremos dois tipos de parlamentares, os que vêm e poderão participar plenamente das atividades e os que não virão por serem mais vulneráveis”, disse ao Congresso em Foco Premium a nova líder do Psol, Talíria Petrone (RJ). O partido tem dois deputados idosos, Luiza Erundina (SP) e Ivan Valente (SP). Por serem do grupo de maior risco, eles não poderão participar presencialmente.
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Inicialmente a ideia era que os pouco mais de 100 deputados que fazem parte do grupo de risco pudessem permanecer votando de seus estados. O limite máximo de congressistas ao mesmo tempo no Plenário seria de 146, com pouco mais de 300 participando das votações em seus gabinetes na Câmara.
A líder do PCdoB, Pérpetua Almeida (AC), reclamou da possibilidade de mais de 300 deputados se descolarem para Brasília, mas apenas 146 com entrada permitida ao Plenário. De acordo com o líder do PSDB, Rodrigo de Castro (MG), os demais líderes partidários concordaram com Pérpetua e decidiram que o acesso remoto continuará para 367 deputados e que nenhum dos 146 que participarão presencialmente serão do grupo de risco.
“Foi argumentado inicialmente pela deputada Perpétua e praticamente houve unanimidade que não era razoável você obrigar 300 e tantas pessoas irem a Brasília, ser um vetor de transmissão, fica no estado, vem, volta, vai, sendo que só 146 teriam acesso ao plenário”, disse o tucano ao Congresso em Foco.
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