O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que as datas para início da campanha de vacinação contra a covid-19 pelo Ministério da Saúde levarão em conta a possibilidade de entregas dos laboratórios, incluindo a Coronavac. “O cronograma está sendo apontado agora em cima das entregas da Coronavac, da Astrazeneca e da Pfizer”, disse, em sessão realizada no Senado Federal.
Pazuello também revelou detalhes sobre a negociação com a Pfizer para a aquisição da vacina. O ministro disse que, durante as negociações com a farmacêutica, a empresa ofereceu entregar apenas 2 milhões de doses até março, e que incluiria uma cláusula impedindo que a farmacêutica seja julgada no Brasil por eventuais problemas com o imunizante. “E, pasmem, estamos pensando em aceitar”, disse o general
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Pazuello também ressaltou que nenhuma vacina tem, hoje, registro definitivo no mundo todo, e que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá prezar pela segurança da população brasileira. O Ministério trabalha com a possibilidade de 500 mil doses da Pfizer, 9 milhões das doses do Instituto Butantan e 15 milhões das doses da AstraZeneca em janeiro.
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O ministro não disse, novamente, em que data específica a vacinação deve ocorrer. “A data exata é o mês de janeiro”, desconversou. “Pode ser dia 18 de janeiro, 20 de janeiro, mas se pudermos compreender que o processo diário de decisão e acompanhamento nos dá a data, já teremos um novo desenho”. O general também repetiu que o Brasil tem condições de cumprir o Plano Nacional de Imunização e que o sistema de saúde privado terá acesso à vacina apenas após a saúde pública ter recebido o total necessário de vacinas.
O Senado Federal realiza, na manhã desta quinta-feira (17), uma série de debates temáticos sobre os planos de vacinação, estaduais e nacional, contra a covid-19. A sessão foi convocada após requerimentos dos senadores Esperidião Amin (PP-SC), Nelsinho Trad (PSD-MS), Marcelo Castro (MDB-PI) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Participam da sessão o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello; a coordenadora nacional do Programa de Imunização do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato; o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros; o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marco Krieger; o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo de Oliveira Lula; a vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Cristiane Martins Pantaleão; o médico infectologista Antônio Fernando Barreto Miranda , e a diretora da área de Análise Vacinal da Anvisa, Alessandra Bastos Soares.
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