A mistura de biodiesel ao diesel fóssil sofrerá um aumento a partir do dia 1º de abril, passando dos atuais 10% para 12%. A decisão foi anunciada pelo presidente Lula nessa sexta-feira (17), depois de uma reunião com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A expectativa é que até 2026 ela seja elevada para 15%.
A mistura obrigatória reduz a emissão de poluentes pelo óleo diesel. De 2008 a 2022 o biodiesel evitou a emissão de 113,1 milhões de toneladas de CO2eq, o equivalente ao plantio de 826 milhões de árvores em área superior à soma dos estados de Alagoas e Sergipe.
“O aumento na mistura para 15% nos próximos dois anos é uma decisão técnica e política, com base na alta qualidade do biodiesel nacional e na capacidade instalada da nossa indústria, que já é uma das melhores do mundo. Além disso, ela garante a inclusão produtiva de milhares de famílias e reposiciona o Brasil como produtor mundial de energia limpa”, diz o presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) do Congresso Nacional, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS)
Segundo a FPBio, cada real adicional de produção de biodiesel promove a inclusão de outros R$ 4,4 na economia, o que resulta na movimentação de negócios em extensas cadeias produtivas no agro, na indústria, no varejo e nos serviços. Ainda de acordo com a Frente, a cada 1 ponto percentual de biodiesel a mais na mistura gera movimentação de R$ 30 bilhões anuais na economia como um todo.
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