Três biomas brasileiros registraram, até o final de novembro, mais focos de incêndio que durante todo o ano de 2019. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a floresta amazônica, os pampas e o Pantanal registraram aumento no número de focos registrados.
O bioma Amazônia registrou, em novembro, um total de 6.321 focos de incêndio – um número quase 45% menor que os 11.297 registrados no mesmo mês do ano passado. No ano como um todo, o resultado ainda é catastrófico: o volume desmatado em 2020 é 11,78% maior que o registrado em 2019.
Mesmo com uma operação do Exército Brasileiro – a Operação Verde Brasil 2, sob comando do vice-presidente Hamilton Mourão – o bioma teve 99.677 focos de incêndio até ontem (30), segundo o INPE. É o maior valor desde 2017, e foi impulsionado pelos meses de agosto a outubro – nesses meses ocorreram 79% de todos os incêndios de 2020.
O presidente Jair Bolsonaro mantém uma postura negacionista do problema, ora culpando nativos e indígenas por promoverem incêndios, ora culpando a ação de ONGs nacionais e internacionais pelo aumento de incêndios, ora argumentando que não há incêndios como um todo na região. Após viajar à Amazônia a convite do governo brasileiro em novembro, o embaixador alemão Heiko Thoms disse que a percepção do país quanto à questão não mudou.
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O problema com o mais extenso bioma brasileiro também se repete em outros locais do país: no Pantanal mato-grossense, o volume de incêndios em 2020 já é 218,3% maior que o registrado em 2019. Durante o pico da crise no pantanal, em setembro, foram registrado em 30 dias o mesmo que em todos os meses de setembro de 2016 a 2019.
Outro bioma que viu aumento no número de incêndios em 2020 é o Pampa, que cobre o Rio Grande do Sul e se estende para a Argentina. O total registrado até ontem é 16% maior que o registrado em todo o ano passado. Apesar de ser numericamente pequeno – são 1.647 focos, ou 1,65 % dos focos da Amazônia – o bioma registrou seis meses com aumento de incêndios em relação aos registrados 2019, indicou o Inpe.
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Caro articulista. Vá na Constituição Federal e leia lá no ART 23 , que o meio ambiente assim como a pandemia, segurança pública são assuntos de liderança compartilhada entre os mais de 5500 prefeitos, os 27 governadores e o presidente da república. Alguem acha que com esse arranjo de gestão,vai sobrar uma árvore em pé?…esse assunto de meio ambiente e segurança pública se arrastam desde 88 e se nada for feito pelo Congresso para definir quem manda de fato no assunto, daqui a 50 anos, outros articulistas como vc estarão falando no assunto,mas já com a Amazônia no chão. E não haverá mais Bolsonaro prá levar a culpa!