O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje o julgamento que define se o presidente Jair Bolsonaro pode ou não responder por escrito às questões relativas ao inquérito que investiga se ele interferiu na Polícia Federal, conforme a denúncia que foi feita pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
O principal aliado de Bolsonaro no STF, Kássio Nunes Marques, não participa desse julgamento porque ele se iniciou justamente com o voto de seu antecessor na Corte, Celso de Mello. Em setembro de 2020, Celso de Mello negou a possibilidade de Bolsonaro responder por escrito, determinando que o depoimento teria de ser presencial.
Segundo o voto de Celso de Mello, Bolsonaro poderia não comparecer ao depoimento. Mas, caso resolvesse depor, ele não poderia fazê-lo por escrito. Segundo o entendimento do ex-ministro do STF, o depoimento por escrito só seria possível se Bolsonaro fosse testemunha ou vítima. No caso, ele é o investigado.
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Bolsonaro recorreu por meio da Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU argumentou que o ex-presidente Michel Temer depôs por escrito em duas ocasiões. Quando o julgamento foi retomado, Celso de Mello reiterou sua posição, mas a análise foi suspensa pelo presidente do STF, Luiz Fux.
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