A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (30) uma operação de busca e apreensão na empresa Global Gestão em Saúde, alvo de investigações da CPI da Covid. A operação ocorreu em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita. A empresa é acusada de integrar um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção.
Esta é a terceira ação policial, em apenas duas semanas, em endereços relacionados ao dono da Global, Francisco Emerson Maximiano. Ele também é dono da Precisa Medicamentos, cuja conduta é, igualmente, apurada pela CPI.
Maximiano prestou depoimento à comissão do Senado em agosto deste ano. Tanto a Precisa, quanto a Global são apontadas como intermediárias, junto ao Ministério da Saúde, em um esquema de compra superfaturadas de vacinas contra o coronavírus.
Além de ir ao Senado munido de um habes corupus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a ele o direito de ficar em silêncio diante de temas que o incriminassem, Maximiano negou o compromisso de dizer a verdade. Ele também se recusou a responder preguntas sobre a compra de imunizantes.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a Procuradoria e a Polícia Federal indicam pagamento de propina pela empresa a políticos em troca de apoio para contratos com a Petrobras. A operação deflagrada nesta quinta investiga um contrato de 2015, no valor de R$ 550 milhões.
A sede da empresa fica em Barueri, região da Grande São Paulo. A PF cumpriu, ainda, outros sete mandados de busca e apreensão em outros endereços.
> STF condena ex-deputado da base de Michel Temer a oito anos de prisão
> Senado aprova nova Lei de Improbidade Administrativa, que volta para Câmara
Deixe um comentário