O desembargador Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) plagiou trechos de outro trabalho em sua dissertação de mestrado, segundo levantamento da Revista Crusoé. A dissertação do desembargador foi apresentada à Universidade Autônoma de Lisboa com trechos inteiros que seriam copiados de artigos publicados na internet.
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A revista informa que Kassio copiou trechos de textos do advogado Saul Tourinho Leal. Uma das evidências de que foi uma cópia, é que até os erros de português foram repetidos.
No levantamento, a Crusoé analisou 127 páginas do trabalho e identificou pelo menos 10 trechos que reproduzem o texto de Tourinho Leal sem fazer referência ao autor original. Ao todo, a dissertação tem 46,2% de semelhança com textos já publicados e disponibilizados na internet. O desembargador Kassio Nunes Marques foi procurado pela Crusoé, que aguarda resposta.
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Currículo sob questionamento
Reportagens dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo apontam incongruências no currículo do desembargador. Kassio informa em seu currículo que é pós-doutor em Direito Constitucional pela Universidade de Messina, Itália (Universitá Degli Studi di Messina) e que possui “postgrado em Contratación Pública”. A universidade italiana diz que o curso feito por ele era uma especialização, equivalente a um ciclo de seminários. Já a espanhola afirma que o escolhido pelo presidente fez um curso de extensão.
Em resposta aos questionamento dos jornais, a Universidade Messina diz que o indicado ao Supremo participou de um curso de quatro dias, entre 1 e 5 de setembro de 2014. “Kassio Nunes Marques participou como ouvinte do “I Curso Euro-Brasileiro de Compras Públicas’, organizado pela Universidade da Coruña, o Programa Ibero-Americano de Doutorado de Direito Administrativo, a Rede Ibero-americana de Compras Públicas, o Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos de Infraestrutura e Grupo de Pesquisa de Direito Público Global, realizado na Escola de Direito da Corunha entre 1 e 5 de setembro de 2014”.
Essa turma aí da política vive de fazer currículo falso.
E de copiar as coisas dos outros.
Mestrados e doutorados falsos.
E mentiras variadas.
Mas a imprensa só passou a investigar e denunciar após 01/01/2019.
Engraçado, né?
Engraçado que Isso foi há um bocado de tempo.
E só viram isso agora que ele foi nomeado pelo Bolsonaro.
Ele foi subindo na ”carreira” jurídica nos tempos dos governos da coligação PT/PMDB e ninguém investigou isso.
Antes a tal tese servia para ele ser promovido?