Nos últimos tempos, está difícil ler alguns jornais, entre os quais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. Também está difícil ler algumas revistas, principalmente Veja e Época. Pior que isso é conversar com os leitores dessas publicações. Até recentemente, o jargão ou a palavra de ordem preferidos por eles era “imagina na Copa”. Imagina na Copa como vai estar esse aeroporto: “vai ser o caos”. Colocavam a imaginação, não deles, mas dos mervais, jabores, reinaldos, fiúzas, magnolis, mainardis, lobões e lobinhos, a falar por eles.
Durante meses esses personagens babaram desânimo e ódio contra o governo, contra a Dilma e contra a Copa do Mundo e os papagaios repetiam pelas ruas, aviões e aeroportos, como se fossem frases próprias.
O Brasil, segundo eles, seria o caos: aeroportos não funcionariam, os estádios não ficariam prontos, os transportes estariam paralisados, as ruas seriam tomadas pela violência. Nada disso ocorreu. Acabou a Copa e ela foi considerada pela imprensa internacional “A Copa das Copas”.
A imprensa (Folha, Estadão, O Globo, Veja, Época, TV Globo, etc.) e seus porta-vozes (mervais, jabores, reinaldos, fiúzas, magnolis, mainardis, lobões e lobinhos) trabalharam incansavelmente para que tudo saísse errado. Foram agourentos até o último minuto. Só para se ter uma ideia, no dia 12 de junho, início da Copa, a Folha de S. Paulo estampou: “Copa começa hoje com seleção em alta e organização em xeque”.
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Quando tudo começou a correr bem e os construtores do ódio começaram a ser derrotados, iniciou-se outro discurso: tudo saiu bem porque o povo brasileiro é ordeiro e cordial, agora o governo quer usar politicamente a Copa. Ora, quem mais estava usando politicamente o evento eram os partidos (PSDB, DEM, PPS e PSB) da oposição. Porém, nunca fizeram qualquer crítica à direção corrupta da CBF ou ao comando da seleção.
Participei da CPI CBF-Nike, e tudo que foi revelado de irregularidades, fraudes e corrupção permanecem na CBF. Melhor dizendo, piorou. Constata-se isso ao ler o livro O lado sujo do futebol.
Não há técnico que leve a nossa seleção à vitória enquanto o time for escalado por patrocinadores e empresários de jogadores.
Nossa seleção era basicamente formada por calouros. Poucos veteranos foram convocados. Por acaso não há veteranos que são craques? Por acaso Kaká e Robinho não são craques?
Ocorre que esses veteranos já “dobraram o cabo da boa esperança” para muitos. Já passaram dos 30 anos de idade, portanto não conseguirão mais assinar contratos milionários de cinco anos. Isso não interessa aos empresários. Para eles, é bom o menino novo, que pode assinar um contrato longo e depois renová-lo.
Outra questão é a publicidade. Para os publicitários, o que vende são os garotos fazendo propaganda. São jovens para vender produtos jovens para os jovens. Os veteranos são velhos demais.
Espero, agora que a Copa terminou e passou a ser considerada “A Copa das Copas”, que os mervais, jabores, reinaldos, fiúzas, magnolis, mainardis, lobões e lobinhos parem de babar ódio contra a Dilma e o PT e diminuam o amor pelos corruptos da CBF.
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