O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse na tarde desta quinta-feira (22) que cogita o nome do procurador da República Guilherme Schelb para assumir o Ministério da Educação. A exemplo de Bolsonaro, ele é crítico do que classifica como “doutrinação abusiva” no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O militar da reserva disse que pretende discutir com ele a possibilidade ainda hoje. As informações foram publicadas pelo jornal Estado de S. Paulo.
Ao comentar o nome de Schelb, Bolsonaro voltou a defender o projeto escola sem partido, que tramita no Congresso. A proposta quer restringir a abordagem por professores de determinados temas como gênero e ideologia política.
Para o presidente eleito “quem ensina sexo para criança é papai e mamãe”. A escola deve se dedicar ao ensino, por exemplo, de física e matemática, diz. Ainda segundo Bolsonaro, esse formato de ensino fará com que “no futuro tenhamos um bom empregado, um bom patrão e um bom liberal”.
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Mas Schelb terá concorrentes pelo caminho. A bancada evangélica no Congresso, sugeriu três nomes para a pasta da Educação. O deputado e senador eleito Izalci Lucas (PSDB-DF) e o deputado estadual mineiro Leo Portela (PR), filho do deputado federal Lincoln Portela (PR-MG).
O (possível) futuro ministro
Guilherme Schelb é procurador Regional da República, mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor e palestrante sobre temas da infância, Família e Educação. Autor de vários livros sobre educação, ele possui uma empresa para ministrar cursos sobre o tema.
O procurador comentou em seu perfil no Facebook uma das questões da última edição do Enem.
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Em 2007, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aplicou pena de censura ao procurador por “práticas incompatíveis com o cargo”. A punição foi fixada pelo órgão após acusação do ex-secretário da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Jorge.
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Corre-se o risco de se preterir Mozart Ramos, um excelente nome para um ministério de tanta relevância como o da educação, por um questão de somenos importância. Espero que o Bolsonaro se porte como um estadista nesse caso.