A Câmara vai receber nesta terça-feira (15), dia do professor, uma Comissão Geral em defesa das Universidade Públicas, Institutos Federais e CNPq. Segundo o líder do Podemos da Bahia, deputado Bacelar, um dos motivos que inspiraram o requerimento de convocação da comissão, é para esclarecer as ameaças do governo ao ensino superior e o contingenciamento orçamentário. A audiência está marcada para começar às 9h30.
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Ao argumentar, Bacelar afirmou que o programa Future-se, manobra apresentada pelo Ministério da Educação para suprir os contingenciamentos das verbas, é impreciso, vago e cheio de lacunas. A autonomia das universidades é outra preocupação do parlamentar. “Não houve efetivo dialogo com os dirigentes das instituições federais, docentes, servidores ou estudantes. Mal estruturado, o Future-se não esclarece como será a realidade das Universidades que vierem a aderir e tampouco das que não fizerem adesão”, diz o deputado.
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O parlamentar acredita que este corte no orçamento, mesmo que seja temporário como argumenta o governo, impactará na produção científica e empurrará o país para o obscurantismo. “Nada pode ameaçar o caráter público, gratuito e autônomo de nossas IFES. O efeito para o país será a pressão sobre a produção científica, o que vai levar o país ao obscurantismo.” disparou.
Outro ponto destacado por Bacelar é o déficit de R$ 330 milhões no orçamento do CNPq que ameaça o pagamento da bolsa de 84 mil pesquisadores espalhados pelo Brasil, a partir de setembro, também coloca em risco o desenvolvimento do país. “Pesquisa interrompida é praticamente pesquisa perdida”, afirma.
Para o parlamentar, a situação demonstra que o presidente pretende desmobilizar as universidades. “A situação é grave e merece todo o nosso cuidado, empenho e atenção. Desmobilizar as universidades federais, responsáveis pela maior capilaridade da ciência, acaba sendo um objetivo muito concreto do bolsonarismo” finalizou.
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