Indicada na última quinta-feira (14) para a Secretaria Executiva do Ministério da Educação (segundo cargo mais importante da pasta) a educadora Iolene Maria de Lima defendeu em 2014 “uma educação baseada na palavra de Deus”.
Em um desdobramento de uma crise interna no MEC, Iolene foi confirmada no cargo pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez, por meio de seu Twitter, e a educadora agradeceu a indicação, também na rede social com um perfil recém-criado. A nomeação, no entanto, ainda não foi publicada no Diário Oficial da União, e o jornal Folha de S. Paulo informou, na última sexta (15), que a Casa Civil do governo Bolsonaro teria barrado a indicação.
Veja o vídeo:
Iolene é diretora do Colégio Inspire, uma instituição de orientação religiosa em São José dos Campos (SP). Em uma entrevista de junho de 2014 ao programa “Feliz Cidade”, da TV Band, ela explicou o método pedagógico da escola.
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“O aluno vai aprender que o autor da História é Deus. O realizador da geografia é Deus. Deus fez as planícies, Deus fez o relevo, Deus fez o clima. O maior matemático foi Deus”, disse Iolene. “As Escrituras não são limitadoras do conhecimento, mas é a partir delas que o professor invade as áreas do conhecimento”, contou a educadora sobre o método da escola.
Crise no MEC
Vélez Rodríguez trocou o nome de sua preferência secretaria executiva da pasta por duas vezes na semana passada. Na última terça (12), o ministro anunciou pelo Twitter a demissão de Luís Antônio Tozi. O então secretário-executivo fazia parte de um grupo que começou a ser malvisto, dentro do governo, por nomes ligados ao escritor Olavo de Carvalho, que indicou Vélez para o cargo.
Os “olavetes” afirmam que seus opositores estariam agindo a serviço de lobistas para atrapalhar a chamada “Lava Jato de Educação” que o ministro anunciou para fazer um pente-fino nas práticas do MEC.
Após a demissão de Tozi, o ministro comunicou que o secretário-executivo adjunto, Rubens Barreto Silva, ficaria com o cargo, mas a nomeação nunca saiu no Diário Oficial. Dois dias depois, então, Vélez anunciou Iolene Lima, mas o nome da educadora também não foi oficializado.
>> “Vermelho de carteirinha” não entrará no governo, diz secretário da Casa Civil
O intelecto deste pessoal assusta!
Esta na hora de algumas instituições terem sua autonomia. Como o Ministério da Educação. A autonomia, e porque não a isonomia? Garantem blindagem contra a entrada de pessoas sem preparo, até mesmo o psicológico…
Busquemos mobilização!
Façamos nossa parte para contrapor esta atmosfera maligna que não passa com trocas de governos.
Estou a contra-gosto participando do Conselho de Escola do meu filho.
Digo contra-gosto porque a Escola Pública faliu.
E estamos extrapolando das nossas rotinas diárias para que não caia de vez.
Busquem E.E. Adolfo Tripoli e outros grupos autônomos. Tenham-nos como exemplo!
Boa sorte a todos nós!
Eu queria tanto que alguém batesse na mesa e desse um basta nisso tudo..
Nossa! Outra Mulher sapiens! Três é demais!!!
Estamos mesmo voltando à idade média. É o império da Bozalidade. Como alguém que acredita em mitos pode ter alguma responsabilidade na educação? A educação não pode ter qualquer influência de ideologias, inclusive das religiosas.