Após três décadas de tentativas fracassadas, a Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos a reforma tributária por uma larga margem de votos. A proposta visa simplificar e unificar a tributação, reduzir a burocracia e estimular o crescimento econômico. A reforma enfoca principalmente a tributação sobre o consumo e visa o fim da guerra fiscal, a desoneração das exportações, maior transparência na cobrança e o fim da cumulatividade de impostos.
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O resultado se deu após intensas negociações dos interessados, como o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), com representantes dos estados e municípios. O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a empenhar resultados pessoalmente para garantir a orientação contrária por parte de seu partido, o PL. Ainda assim, sofreu diversas traições em sua própria sigla. O esforço também resultou em um sério atrito com o governador paulista Tarcísio de Freitas, um de seu mais importantes aliados.
Desde a promulgação da Constituição em 1988, diversas tentativas de reforma tributária foram frustradas. No entanto, o texto aprovado agora é baseado em duas propostas de emenda constitucional apresentadas em 2019, e conta com amplo apoio parlamentar. O texto, após a votação dos destaques nesta sexta-feira, segue para o Senado, onde será feita uma nova votação.
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