Entregue nesta quarta (20) pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso, a PEC da reforma da Previdência altera os regimes de aposentadoria de quase todas as categorias de trabalhadores – os únicos não inclusos no texto são membros das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros, que serão contemplados, segundo o Executivo, em um projeto de lei paralelo.
O regime geral da previdência prevê, como já havia sido divulgado, idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres ao final do período de transição, que será de 12 anos. Outros grupos, porém, terão regras específicas. Veja o que a reforma propõe para cada um:
Regime geral
Para os trabalhadores urbanos da iniciativa privada (INSS), as idades mínimas de aposentadoria serão, ao final do período de transição (12 anos), de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
Ao final da transição, será extinta a aposentadoria por tempo de contribuição, mas se exigirá um mínimo de 20 anos de contribuição para a aposentadoria por idade.
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Durante a transição (até 2031) poderão ser aplicados três cálculos alternativos à idade mínima. O primeiro soma idade + tempo de contribuição. Esta fórmula hoje é de 96 anos (homens) / 86 (mulheres). A transição prevê um aumento de um ponto a cada ano. Para homens, ela deve alcançar 105 pontos em 2028. Para mulheres, deve chegar a 100 pontos em 2033.
A segunda opção durante a transição será segundo a própria idade mínima. Pela proposta, a idade mínima para homens/mulheres começa em 61/56, em 2019, e subirá seis meses por ano até atingir o patamar definitivo. A idade mínima masculina alcançará 65 anos em 2027, e a feminina chegará a 62 em 2031.
Durante a transição, ainda poderão pedir aposentadoria por tempo de contribuição os trabalhadores que estão a dois anos de completar o tempo mínimo de recolhimento junto ao INSS (35 anos para homens e 30 para mulheres). Para estes casos, haverá um “pedágio” de 50% sobre o tempo que falta para conquistar o benefício. Ou seja, se faltam dois anos para pedir a aposentadoria, a pessoa deverá contribuir por mais um ano.
Pelo texto, quem recebe até R$ 5.839,45 terá uma redução na alíquota de contribuição. Quem recebe até um salário mínimo, por exemplo, hoje paga 8% do salário ao INSS. Com a mudança, passará a pagar 7,5%.
Servidores públicos
A idade mínima dos servidores públicos será equiparada à dos trabalhadores do setor privado: 62 para mulheres e 65 para homens. A diferença é o tempo de contribuição necessário: ficará em 25 anos, com a exigência de 10 anos no serviço público, dos quais 5 no cargo atual.
A transição pela pontuação (idade + tempo de contribuição) vai funcionar no mesmo ritmo que o da Previdência geral: começa em 96/86 até chegar a 105/100 em 2033. Servidores que entraram na função até 31 de dezembro de 2003 receberão aposentadoria integral ao atingirem 65 anos (homens) ou 62 (mulheres). Para os professores a idade é 60 anos.
Já para os servidores que ingressaram após 2003, o critério para o cálculo do benefício é igual ao do INSS. O setor público estará sujeito às mesmas alíquotas de contribuição do setor privado. Isso significará um desembolso maior para os funcionários públicos de altos salários. O motivo é que todos os servidores pagam, atualmente, 11% sobre todo o vencimento (se iniciou a carreira até 2013 e não aderiu ao Funpresp) ou 11% até o teto do regime geral (se entrou após 2013, com ou sem Funpresp). Pela nova proposta, funcionários públicos que ganham mais de R$ 5.839,46 terão alíquotas de no mínimo 11,68%, progressivamente mais altas conforme for o salário.
Aposentadoria rural
O governo quer implementar idade mínima de 60 anos para homens e mulheres na aposentadoria rural. Hoje a idade mínima das mulheres é de 55. A Previdência atual prevê tempo mínimo de atividade rural de 15 anos, mas não estabelece tempo mínimo de contribuição.
Com a proposta, os trabalhadores do campo terão que comprovar 20 anos de contribuição.
Militares, policiais militares e bombeiros
A nova Previdência quer equiparar as regras de aposentadoria dos militares com a de agentes da PM (Polícia Militar) e bombeiros. As mudanças para as Forças Armadas, contudo, não fazem parte desta PEC. Segundo o Secretário da Previdência, Rogério Marinho, a categoria será contemplada em um projeto de lei separado, a ser apresentado dentro de 30 dias.
Policiais civis, federais e agentes penitenciários e socioeducativos
As regras diferem para outras categorias da segurança pública. Membros das polícias civis, da PF (Policia Federal) e agentes de penitenciárias ou centros socioeducativos (para menores infratores) receberão a remuneração do último cargo, desde que tenham ingressado antes de a reforma entrar em vigor.
Já os que entrarem depois contribuirão sob o mesmo cálculo do regime geral. Policiais civis e federais terão idade mínima de 55 anos. Se forem homens, é exigido o mínimo de 30 anos de contribuição e 20 de exercício. Já as mulheres precisarão de 25 anos de contribuição e 15 de exercício . No caso dos agentes, a única diferença é o tempo mínimo de exercício: será fixado em 20 anos, assim como o dos homens.
Professores
Professores contribuintes do INSS poderão se aposentar a partir dos 60 anos, desde que tenham contribuído por pelo menos 30 anos. Já os professores da rede pública terão que comprovar 10 anos no serviço público e 5 no cargo, além de cumprirem a idade mínima.
A resposta é NUNCA!!!
Servidores com contribuições de até 22% DO SALÁRIO BRUTO POR MÊS? E ATÉ A MORTE? Enquanto militares pagam 7,5%…
Gatilhos de idade?
Contribuições extraordinárias acima desse limite?
Fim da pensão por morte se o beneficiário pagou a própria aposentadoria (o que uma coisa tem a ver com a outra?)? Isso não é benefício assistencial… quem recebe pensão é porque alguém contribuiu a vida toda para isso!
NUNCA VI PROPOSTA MAIS ABSURDA… PERTO DELA A DO TEMER ERA UMA BRINCADEIRA DE CRIANÇA…
Boa, que tenha aprovação nas duas casas, agora os Militares merecem sim uma aposentadoria diferenciada, principalmente os honestos. Porque tem haver mais segurança, vejam o caso que esta acontecendo em São Bernardo, e agora quem vai salvar os trabalhadores com todo aqueles milhares de desempregados e com uma lei trabalhista mais forte e as autoridades tem uma postura mais em pró dos empregos e não agindo com ideologia politica, todos podem serem salvos, e a Previdência vai ajudar muito a não perda de muitos empregos, porque vai também beneficiar quem emprega com menos custos pra dar emprego, que venha mais rápido.
Jota…..O FORD está em SBC faz mais de 40 anos, no mínimo….Em DETROIT, EUA muitas montadoras fecharam tbém e isso nada tem a ver com sindicatos, direitos, enfim, tema ver com o fato da montadora não estar conseguindo ser competitiva perante ao mercado….Pq a HONDA veio pro Brasil e está se dando bem?? Idem a Toyota, a BMW, a própria FORD da Bahia, a GM em Gravataí, enfim….VC concorda que a viuva de um aposentado receba 60% do SM do falecido??? Pois é……EU E VC PAGAREMOS A CONTA ALTA….. Não se iluda..Os grandes beneficiários nunca serão atingidos…..É mais fácil tirar 400 reais de um pobre do que 20 mil de um rico….
Não tiro o seu direito de ter essa analise, e não discordo de alguma dita por ti, mas sobre as viúvas em receber menos, se na assinatura do contrato que vão ser implantados agora na nova lei elas já estarem cientes disso, o que muda em ela receber o valor. agora sou contra das antigas terem esse abatimento no salário dela recebida, tantas as pobres serão reduzidas e as ricas também, portanto tira isso da sua agenda.