O novo aumento no preço do óleo diesel, de 2,57%, anunciado pela Petrobras na sexta-feira (3), gerou uma nova onda de insatisfação entre os caminhoneiros autônomos. Um dos principais representantes da categoria, Wanderlei Alvez, diz que “teme uma revolta”, mas tenta acalmar os ânimos.
“Tenho conversado com o ministro Tarcísio [Gomes, da Infraestrutura], e ele tem se mostrado comprometido com a fiscalização da tabela de frete, cumprido com a promessa dele. Eu estou mostrando isso para os colegas. Mas é muita indignação. O ministro está se esforçando, dá pra notar. Mas não sei até quando o pessoal vai se controlar”, afirmou Dedeco, como é conhecido, ao Congresso em Foco, em conversas pelo WhatsApp entre a noite sexta-feira (3) e este sábado (4).
“Vão parar?”, perguntou a reportagem. “O que a classe, que já se revoltou, decidir, estaremos juntos. Não é fácil segurar a insatisfação de milhares de profissionais. Os caminhoneiros estão impulsivos”, respondeu ele.
De forma recorrente, Dedeco diz que o governo Bolsonaro “erra” ao não “agradar os caminhoneiros” e afirma que é “perigoso a situação sair do controle”. Ele tem mais de 90 grupos no WhatsApp, cada um com mais de 150 integrantes, cada um deles com outros grupos também por trás. Um dos grandes segredos do seu poder de mobilização.
Aos colegas, porém, ele tem dito que, ao decretar uma greve, a categoria fecha as portas de diálogo que conseguiram abrir com o governo. “O que vamos fazer? Boa parte da categoria não fez campanha e colocou o [Jair] Bolsonaro lá como presidente? Vamos segurar um pouco, gente”, afirmou em áudio encaminhado aos grupos, em que relata as conversas com o ministro da Infraestrutura e as medidas de intensificação da fiscalização do frete mínimo nas estradas.
Dedeco é o principal representante do grupo que havia convocado a paralisação dos caminhoneiros para o último dia 29 de abril. Ele ficou conhecido na greve geral que parou o país no ano passado e gerou transtorno em todos os estados, com corridas a supermercados, postos de combustíveis e longas filas em todos os cantos.
A classe voltou atrás da decisão após uma reunião no Ministério da Infraestrutura em 22 de abril quando o próprio chefe da pasta, Tarcísio Gomes, garantiu uma maior fiscalização nas estradas sobre a tabela do frete mínimo, uma das reclamações da categoria.
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Na ocasião, foram firmados os seguintes compromissos: estudar a eliminação de multas desnecessárias aos caminhoneiros; transferir o custo do diesel para a tabela do frete; fiscalização efetiva da referência de custo do piso mínimo do frete; celebração de um termo de compromisso com as entidades representantes da categoria para tornar mais efetiva a fiscalização.
No dia 30 de abril, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou uma resolução em que alterou a resolução que trata da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, a tabela de frete proibindo que autônomos sejam multados por carregarem cargas no valor abaixo do piso mínimo de frete estabelecido.
No meio de abril, o governo anunciou a abertura de uma linha de crédito no valor de R$ 500 milhões para caminhoneiros autônomos manterem seus veículos e o emprego de R$ 2 bilhões no término de obras e manutenção de rodovias.
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É assustador as ideias de pessoas, tanto de Gestores Públicos como os que aqui comentam que não tem o menor espírito de colaboração e unidade pela melhoria de toda sociedade e do Brasil. Lamentável!.
Em nada este governo Bol$onaro é confiável. Diz uma coisa e faz outra. Não pode intervir no preço dos combustíveis pois é um governo liberal. Mas como é um governo covarde e não assume seu posicionamento, contraria as regras do jogo. O negócio é os caminhoneiros pararem esta bagaça.
kkk Eu quero é ver o caos, votaram num governo que se diz Neoliberal mas querem que o governo influencie nos preços na Petrobras, ue??? Nao é governo liberal??? Então os caminhominios devem é pagar Diesel caro a 5 , 6 , 7 reais sem reclamar pois votaram nesse governo que não enganou ninguém, governo Neoliberal é isso mesmo… é fumaça entrando no rabo dos trabalhador e deve rir para não perder o emprego….
A continuar o governo Bol$onaro na mão dos caminhoneiros, e a continuar o repasse dos aumentos para o preço do frete, esses aumentos irão recair sempre nas costas do consumidor final, ou seja, nós o povo. Até quando e onde isso irá? Até quando o governo do Bozo, ficará refém de uma categoria, e penalizando toda a população? Esse desgoverno, precisa tomar uma medida, que não seja a simples prática do se livrar do problema, empurrando-o para as camadas mais pobres do povo. Esse tipo de política,é o que todos sempre fizeram, e a que o próprio Bozo chamou de ‘velha política’, e agora está fazendo a mesma coisa? Vamos Bozo, seus ‘eleitores’ (sic) esperam coisa diferente, melhor, taokey.