Mesmo durante o recesso, os partidos seguem debruçados sobre a proposta de reforma tributária que foca no Imposto de Renda. Ainda em negociação com as lideranças, o relator do PL 233721, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), deixou para protocolar sua sugestão de substitutivo só após o recesso em agosto. Deputados trabalham na versão prévia do texto apresentada na semana passada pelo tucano.
O líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), adiantou ao Congresso em Foco que o partido defenderá que a faixa de isenção para pessoas físicas seja maior do que o teto de R$ 2.500 mensais, proposto pelo governo e mantido pelo relator.
“Não adianta a gente sonhar. Eu gostaria que fosse cinco [mil]. Mas com a margem de 3 mil você já vai atingir milhões”, diz o petista, argumentando que cerca de 30% do economizado pelas famílias beneficiadas devem ser revertidos em gastos com consumo.
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O vice-líder avalia que a proposta enviada pelo governo, não era “a dos sonhos”, mas avançava em vários pontos, porém, “era um balão de ensaio”. Enio Verri afirma que as mudanças propostas preliminarmente pelo relator ainda não são suficientes. Entre os pontos a serem questionados pelo partido, diz, estão a alíquota de 15% sobre aplicações financeiras.
O deputado critica a proposta de fim do escalonamento das taxas, que ia de 15% a 22,5%. Pelo texto, passaria a incidir apenas alíquota única de 15%. “É o momento de todos contribuírem”, pondera.
O petista alerta ainda para o fato de, em meio a tantos lobbies e pressões, a proposta empacar, assim como a primeira etapa da reforma enviada pelo governo e que unifica PIS e Cofins.
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