Adiada para o início de agosto, a votação do segundo turno da reforma da Previdência vai provocar mais três dias de debates. A previsão é do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, no entanto, garantiu não estar frustrado pelo fato de não ter conseguido concluir a votação da matéria neste primeiro semestre, como vinha prometendo.
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“Não me sinto de forma nenhuma frustrado ou prejudicado pelo atraso, mesmo porque não é um atraso. Se a gente votasse na próxima semana, o Senado só ia começar a trabalhar essa matéria lá no dia 8 ou 9. E nós vamos entregar essa matéria para o Senado dia 9″, declarou Maia, confirmando a previsão antecipada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que o segundo turno começa no dia 6 de agosto. “Começamos na terça de noite a acabamos na quinta. Compreendo que este é o calendário correto”, acrescentou Maia, indicando que os debates em torno da reforma da Previdência continuarão acirrados na volta do recesso parlamentar.
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Os deputados levaram quatro dias para debater e votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 em primeiro turno. Ao final da votação, na noite desta sexta-feira (12), Maia confirmou que a pauta não volta a plenário nos próximos dias – antes disso, ele havia cogitado até convocar uma sessão extraordinária para este sábado (13) para concluir a apreciação da PEC antes do recesso. “Pelo quórum que vimos agora, vimos que era impossível terminar amanhã”, explicou. A sessão desta sexta começou com quase 500 deputados, mas acabou com 452 presentes. Para ser aprovada, uma PEC precisa receber 308 votos favoráveis.
Indagado sobre as declarações da oposição de que o tempo do recesso pode fazer alguns parlamentares mudarem de ideia em relação ao projeto, Maia garantiu que isso não trará prejuízos à reforma. “Podem mudar de ideia a favor da reforma”, provocou, lembrando que o texto-base foi aprovado com margem ampla por 74% da Casa. “Não haverá prejuízo. O mais importante era o primeiro turno”, encerrou Maia.
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