Líder do bloco de dez partidos (inclusive o PSL do presidente Jair Bolsonaro) que reconduziu ao cargo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) prevê “dificuldades” na aprovação da reforma da Previdência.
O texto, que pode ser aprovado por Bolsonaro ainda nesta quinta (14), deverá chegar para apreciação no Congresso na semana que vem. Nascimento reclama, no entanto, da falta de diálogo do governo com os deputados.
“Temos algumas dificuldades. Não temos ainda diálogo com o governo. Todos; dez em dez parlamentares sabem a necessidade da reforma da Previdência, só que é igual escalar a seleção brasileira cada um tem uma escalação na cabeça”, comparou o parlamentar.
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Como exemplo, o líder do bloco governista disse que a bancada do Nordeste não verá com bons olhos “qualquer tema que prejudique o trabalhador rural” na proposta da reforma. Segundo ele, os parlamentares da região não votarão contra o que ele classifica como “a maior política de distribuição de renda, que é aquela da aposentadoria do trabalhador rural”.
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Caso Bebianno
Elmar Nascimento acredita ainda que o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, é “totalmente isento” das suspeitas de articular candidaturas “laranjas” no PSL nas eleições do ano passado. O tema levou o próprio presidente a admitir, em entrevista à Record, nessa quarta-feira (13), a possibilidade de demitir Bebianno.
Apesar de acreditar que o ministro é inocente, Nascimento disse esperar que o governo resolva a questão rapidamente. “Cargo de ministro de Estado é um cargo do presidente, o presidente precisa definir e não deixar o ministro no limbo. Ou tem confiança ou não tem. Se não tem, demite. Se tem, demonstra que tem e a vida segue”, completou o parlamentar.
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Campanha de marketing da reforma: “ricos e pobres vão se aposentar com o mesmo tempo”. Como rico morre trabalhando… os pobres estão “fudidos”.