O governo federal vai reformular o conjunto de propostas de emenda à Constituição (PECs) apresentado em 2019 com o objetivo de conter os gastos públicos. A ideia é que a PEC Emergencial, que tem dispositivos mais imediatos de corte de salários de servidores em até 25%, seja deixada de lado.
A informação foi confirmada pelo Congresso em Foco com a presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS). A senadora esteve na semana passada em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, quando o tema foi debatido.
As principais informações deste texto foram enviadas antes para os assinantes dos serviços premium do Congresso em Foco. Cadastre-se e faça um test drive.
>Maia articula para que reforma tributária seja votada até agosto
Leia também
>Saiba quais são as medidas do pacote pós-Previdência de Paulo Guedes
O foco do governo vai passar a ser a PEC do Pacto Federativo, que já continha alguns dos mesmos gatilhos fiscais da Emergencial, como o corte de salários do serviço público em tempos de crise.
Ela é relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), um dos vice-líderes do governo. O texto, porém, exige um debate mais amplo por conter mais mudanças, como a extinção de municípios com menos de 5 mil habitantes que não tenham pelo menos 10% de receita própria, fim do gasto mínimo com saúde e educação, e a criação de um comitê gestor com a participação do governo, Tribunal de Contas da União, estados, municípios e Supremo Tribunal Federal.
Bittar disse ao Congresso em Foco que ainda não debateu com o governo mudanças sobre a última versão de seu relatório, mas que pretende se reunir com Guedes e Simone para conversar sobre as adaptações sobre o parecer.
“Eu combinei com a Simone, que também esteve com ele [Paulo Guedes], teremos um encontro de trabalho nos próximos dias para dar uma reavaliada. Uma avaliação que deveria ter sido feita lá atrás, mas a pandemia impediu. O cerne da proposta não vejo nenhuma coisa que tenha acontecido que a anule”.
A PEC de extinção dos fundos infraconstitucionais, que também faz parte do pacote enviado ano passado, é a que mais avançou na tramitação do Senado e aguarda análise pelo plenário da Casa desde pouco antes do início da pandemia. O relator, senador Otto Alencar (PSD-BA), fez mudanças em relação ao texto do governo e garantiu a permanência de alguns fundos.
> Cadastre-se e acesse de graça, por 30 dias, o melhor conteúdo político premium do país
Deixe um comentário