A equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro, quer criar um imposto sobre movimentações financeiras, nos moldes da antiga CPMF, para acabar com a contribuição ao INSS que as empresas recolhem sobre os salários dos funcionários. O tributo incidiria sobre todas as operações, como saques e transações bancárias, informa O Globo. Autores da proposta estimam que a medida poderá gerar ao governo pelo menos R$ 275 bilhões em receita por ano.
A informação foi confirmada ao jornal pelo economista Marcos Cintra, responsável pela área tributária no grupo coordenado por Paulo Guedes, já anunciado como futuro ministro da Economia. Cintra, no entanto, rejeita a comparação com a extinta CPMF, alegando que não se trata da criação de um novo imposto, mas de substituição.
Nesta manhã Bolsonaro foi ao Twitter desautorizar o economista a falar sobre o assunto: “Desautorizo informações prestadas junto a mídia por qualquer grupo intitulado ‘equipe de Bolsonaro’ especulando sobre os mais variados assuntos, tais como CPMF, previdência, etc.”.
Durante a campanha eleitoral, a Folha de S.Paulo revelou a intenção de Guedes de criar um tributo sobre movimentações financeiras. Com a repercussão negativa da notícia, Bolsonaro negou que a proposta estivesse em discussão e fez seu assessor econômico cancelar a participação em debates e sabatinas.
A ideia da equipe econômica é implantar o tributo aos poucos, substituindo num primeiro momento apenas a contribuição previdenciária patronal. Segundo Marcos Cintra, a alíquota do novo tributo seria de 0,4% a 0,45%, em cada operação.
Na origem e no destino
PublicidadeDe acordo com o economista, relata o Globo, numa transferência bancária, as duas partes seriam descontadas. Quem transferir dinheiro para outra pessoa será taxado entre 0,4% e 0,45%. Quando o dinheiro entrar na conta do favorecido, haverá um novo desconto na mesma alíquota. Portanto, a alíquota total da transação ficaria entre 0,8% e 0,9%.
Em contrapartida, ressalta a reportagem, as empresas deixariam de recolher os 20% sobre a folha de pagamento. Nos cálculos do economista, esse sistema faria frente à arrecadação da contribuição sobre folha, que ficou em cerca de R$ 275 bilhões, conforme o mais recente Balanço Geral da União, de 2017.
Cintra alega que a mudança vai gerar mais empregos. Para ele, a tributação sobre folha de pagamento impede a formalização no país. Atualmente pouco mais de 30% dos empregados têm carteira assinada. Já o desconto no contracheque do empregado seria mantido. Hoje, trabalhadores recolhem 8%, 9% ou 11%, segundo a faixa salarial.
Adicional de compensação
A proposta prevê que as empresas paguem um adicional ao trabalhador como espécie de “compensação”. Um empregado que recebe R$ 3 mil de salário, por exemplo, receberá um adicional de R$ 27 no caso de a alíquota ser de 0,9% sobre o salário. Já trabalhadores informais não seriam compensados, já que não contribuem para a Previdência.
Marcos Cintra diz que ainda não há uma definição sobre se esse plano será posto em prática nesses moldes exatamente. Mas, segundo ele, a medida poderá ser tomada já no primeiro momento do governo, que assume em janeiro. O economista, que foi diretor da Fundação Getúlio Vargas e deputado federal, considera que, para aprovar a “CPMF previdenciária”, seria necessária a aprovação apenas de uma lei complementar, e não de uma proposta de emenda à Constituição, que exige um número maior de votos no Congresso. No caso de lei complementar são necessários 257 votos na Câmara e 41 no Senado. Procurado pelo jornal, Paulo Guedes não retornou as ligações.
BRASIL A CIMA DE TUDO, *DEUS* A CIMA DE TODOS!!!.
Reportagem de completa irresponsabilidade. Esse tipo de jornalismo é vergonhoso! Verdadeiras Fake News.
A eleição já acabou mas as fake news ( da grande mídia) continuam.
A manchete contradiz o conteúdo da matéria, o que é comum quando se quer desinformar.
Bolsonaro sempre se manifestou contra o aumento de impostos e desautorizou qualquer um de seus assessores a tratar disso.
Mais: não é honesto dizer que a opinião isolada de um auxiliar representa a vontade da “equipe econômica de Bolsonaro”, como diz a manchete.
nem li esse lixo! O que significa “nos moldes” na matéria ?
significa que não é igual nem de longe, mas nós jornalista usando essa palavra, damos esse jeitinho para parecer que é.
Exatamente. O importante é que caíamos feito patos (pelo menos eu rs) na narrativa da imprensa, mas hoje estamos vacinados.
Eita. Graças a Deus que não votei para esse senhor. Parece que todo político brasileiro só sabe fazer: governar é aumentar impostos. Marcos Cintra não é aquele do imposto único? Chama o Malan Bolsonaro, mil vezes melhor do que o Guedes e sua equipe.
Votou então no PT que aumentou pra caramba nossa carga tributária? Coerência não é o forte da esquerda.
a venezuela é logo ali, mas vc pode tentar cuba o nicarágua. vai com deus
Mentira