Após várias décadas de reformas sem fim podemos afirmar que não. Nossa carga tributária, elevada aos mais altos patamares do planeta, só tem feito prejudicar a produção, desnacionalizar a economia e aumentar sua informalidade. Ao reduzirmos direitos – a torto e a direito – temos criado uma sociedade mais amarga, conflituosa e com menor poder aquisitivo. E, quanto aos serviços públicos, já os temos sucateados sob todo e qualquer aspecto – humano e material. Assim, que tal irmos procurar a solução em locais outros?
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Inicio pelos juros da dívida pública. Li que gastamos entre 30% e 40% de todos os tributos arrecadados somente para o pagamento de juros – situados dentre os mais altos do mundo. Haveria alguma solução “fora da caixa” para este sério problema? Deve haver, dada a riqueza do nosso país. Não é possível que não haja, máxime em tempos de tantas alienações.
O olhar seguinte bem poderia ser na redução do que se convencionou chamar de “Custo Brasil”. Nos gargalos que fazem empacar – sim, empacar – nossa economia. Que tal iniciarmos por uma redução brutal da burocracia que nos sufoca? Ou pela criação de uma cultura de estabilidade jurídica? Não nos esqueçamos, claro, da revisão de nossas matrizes energética e de transportes.
Resultaria, já daí, um mercado interno fortalecido. Uma indústria nacional mais pujante. Um povo menos dividido e mais preparado para enfrentar os grandes – e reais – desafios que este início de milênio nos apresenta.
O único problema é que estas soluções não estão… aos pés do poste aceso!
Quando é que essa gente vai entender que tirar direitos, empobrecer o trabalhador não faz crescer a economia. Trabalhador também é consumidor e com os consumidores sem dinheiro é sinonimo de economia paralisada..Se um dia houvesse um aumento real do salário, que o aproximasse do salário mínimo ideal, que é umas 5 vezes o atual, a economia brasileira se tornaria uma das mais pujantes do mundo. Mas nem mesmo a esquerda foi capaz de fazer isso.